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Milhares de pessoas acorreram
à zona ribeirinha das margens do Douro, na noite de sábado,
13, para assistir ao espectáculo pirotécnico que
marcou o arranque da Porto 2001 - Capital Europeia da Cultura.
A cidade do Porto começou, e bem, um ano dedicado à
cultura. A pintura, a dança, a música e muitas
outras expressões artísticas, clássicas
ou contemporâneas, populares ou erúditas, são
eventos que durante um ano vão estar abertos aos olhos
de Portugal, e em especial à população do
Porto e zona norte do País, que pela primeira vez recebe
uma iniciativa desta envergadura. A cerimónia de abertura,
propriamente dita - o espectáculo que Mário Laginha,
João Botelho e Orquestra do Porto proporcionaram aos presentes
no Coliseu do Porto - foi vedada ao público em geral e
em especial a algumas dezenas de manifestantes. Aproveitando
a presença da "elite" política, social
e cultural portuguesa na cidade Invicta, três grupos de
manifestantes tentaram "ensombrar" a festa da cultura
com protestos. Uns, os comerciantes do Porto, reclamam um
fundo de crédito a zero por cento de juros para fazer
frente aos oito mil contos de prejuízo individuais causados
pelas obras da Porto 2001. Outros, representantes de 31 companhias
de teatro, reclamam a demissão da direcção
do Instituto Português das Artes e do Espectáculo,
alegadamente devido a irregularidades no processo de atribuição
de subsídios à actividade teatral. Os últimos,
os familiares de soldados em missão humanitária
no Kosovo e pessoas solidárias, reclamam a retirada das
tropas portuguesas e o fim do uso do urânio empobrecido
no armamento da NATO.
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