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Obras no Hospital de Seia
urgentes
Enfermarias "metem água"
O Hospital de Nossa Senhora
da Assunção precisa urgentemente de obras. Jorge
Sampaio, Ferreira do Amaral e António Abreu, candidatos
à presidência da República, comprovaram esta
realidade aquando das visitas no âmbito da campanha eleitoral.
NC/Urbi
et Orbi
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As condições
em que funciona o Hospital afectam a população
de Seia que espera a construção de um novo edifício
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O edifício do Hospital
de Nossa Senhora da Assunção, que remonta a Janeiro
de 1930, tem sofrido algumas obras de preservação,
mas insuficientes. O mau tempo que assolou a região nas
últimas semanas agravou as deficiências da casa.
Perante a situação, o Conselho Geral (CG) do Hospital
reclama "obras urgentes na cobertura do edifício
para acabar com as infiltrações de água
nas enfermarias". Segundo os membros da instituição,
este facto obriga à transferência dos doentes para
zonas mais protegidas.
O CG, que integra representantes de instituições,
autarquias e organismos dos concelhos de Seia, Gouveia, Oliveira
do Hospital (distrito de Coimbra) e Nelas (Viseu) e que é
presidido por Alcides Henriques, advogado, salienta: "Sente-se
no público a preocupação pela forma como
os problemas da saúde são tratados no interior
do Hospital, apesar do empenho e dedicação dos
profissionais". Por isso, pedem "a realização
de uma urgente intervenção no imóvel, ou
mesmo a construção de um novo edifício".
O administrador delegado daquela unidade de saúde, Luís
Botelho, adianta que as "entidades competentes" estão
a par da situação, mas admite que, dada a intempérie,
"era quase impossível não chover lá
dentro, uma vez que o telhado remonta à inauguração
do edifício". "Choveu e abundantemente, causando
graves problemas de funcionamento", acrescenta.
Contudo, José Cabeças, presidente da Administração
Regional de Saúde (ARS) do Centro, desmente os responsáveis.
"É preciso deixar claro que não está
a chover dentro do Hospital", afirma, considerando que se
isso se verificasse, a ARS "teria que actuar e esclarecer
a negligência que estava a ser levada a cabo pelo próprio
Conselho de Administração". O mesmo responsável
sublinha que "esta questão nem deve ser levantada,
porque está contemplada em PIDDAC (Plano de Investimento
e Despesas de Desenvolvimento da Administração
Central) uma verba significativa para remodelação
e obras do edifício".
Em relação à construção de
uma nova unidade hospitalar, Cabeças diz: "O que
se está a equacionar é uma resposta em termos globais,
que envolverá também o Centro de Saúde".
"O que está pensado e estudado em conjunto com o
Serviço Nacional de Saúde é uma solução
integrada e, obviamente, Seia vai ter essa solução",
assegura o presidente da ARS Centro.
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População
exige edifício de raiz
"Posto
Médico de Terceira Geração com Internamento"
pode ser a designação do futuro Hospital. A classificação
desagrada à maioria da população seiense
e, perante a insatisfação geral, o PSD lançou
a iniciativa de criar um "movimento cívico",
com recolha de assinaturas, em favor de uma nova instituição.
Eduardo Brito, presidente da Câmara de Seia, apoia a ideia
dos social democratas e defende que a manifestação
vem dar razão ao que tinha afirmado há 10 anos,
quando era vereador da oposição. "Foi proposta
a construção de um novo edifício no Hospital
local e eu alertei para o erro que isso representava", recorda.
"A ampliação desta casa pode ser muito mais
cara do que a construção de uma nova", sustenta
o edil que defende: "O que faz sentido é construir
de raíz". Esta é também a aspiração
de cerca de 100 mil pessoas do concelho e municípios limítrofes
cobertos pela actual unidade de saúde.
De modo a sustentar o desejo do povo, a autarquia disponibilizou
um terreno avaliado em 100 mil contos para que a obra se possa
concretizar. Pelas principais ruas da cidade foram colocados
cartazes a reivindicar a nova edificação. Contudo,
depois do recente encontro com a Ministra da Saúde, Manuela
Arcanjo, o presidente seiense recebeu garantias de que o concelho
"continuará a ter um hospital de nível no
âmbito distrital". "Não está em
causa qualquer desclassificação", assegura
a ministra que manifesta disponibilidade para abordar a construção
de um novo Hospital.
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