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Aldeia da Ponte, no antigo
edifício da Guarda Fiscal Objectos ligados às sementeiras agrícolas, à produção do pão, do linho e do exercício da pastorícia. Teares manuais e utensílios da vida doméstica. Um regresso ao passado no Museu da Associação de Amigos
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NC/Urbi
et Orbi|
Em Aldeia da Ponte, concelho do
Sabugal, abriu as portas o Museu Etnográfico. Ainda sem
inauguração oficial, o espaço já
tem visitantes que procuram, sobretudo, relembrar a vida de tempos
passados. O projecto é da responsabilidade da Associação de Amigos de Aldeia da Ponte (AAAP), cujo presidente da direcção, Aires Ramos, justifica assim o atraso no corte da fita: "Ainda não aconteceu porque a fase de catalogação dos objectos não está terminada". Contudo, o local já delicia a curiosidade de centenas de visitantes e muitos residentes. O Museu ocupa uma parte do edifício que pertenceu, em tempos, à antiga Guarda Fiscal que vigiava a zona raiana. Depois de adquirida ao Estado, a AAAP recuperou a casa e, com o espólio doado por José Prata, conterrâneo e admirador da história e arte antigas, decidiu avançar com o projecto. "No seu interior encontram-se inúmeras peças que, noutros tempos, fizeram parte do pão nosso de cada dia", sublinha Aires Ramos. Objectos ligados às sementeiras agrícolas, produção de pão, preparação do linho e pastorícia compõem a mostra. O espaço oferece ainda a possibilidade de observar teares manuais e utensílios das lides domésticas, fabrico de queijo e malha do centeio. Tudo está interligado de forma a dar uma ideia perfeita de como era a vida em tempos que ainda fazem parte da memória de muitos residentes da povoação. O presidente da Associação explica que este trabalho pretende, para além da perpetuação das "lides e das vivências do antigamente", ser mais um contributo para atrair pessoas para a terra e mostrar aos mais novos como era a vida na Aldeia da Ponte noutros tempos. O Museu pode ser visitado todos os dias, excepto sábados e domingos, e conta com o acompanhamento de uma funcionária. |
