A Adega Cooperativa do Fundão
(ACF) aprovou na sexta-feira, 22, por unanimidade, o Plano de
Actividades para o próximo ano. Os objectivos são
conseguir um volume de negócios de 475 mil contos e aumentar
as vendas em 10 por cento, relativamente a 2000. Para o futuro,
os responsáveis da Adega "piscam o olho" às
novas tecnologias para promover os produtos da casa. A mudança
ao nível da imagem revela-se um factor primordial, numa
altura em que a competitividade no sector é enorme.
O evoluir do processo de aprovação dos novos rótulos,
leva os responsáveis da ACF a acreditar que até
final de Janeiro os vinhos da Cooperativa já poderão
mostrar a nova imagem. Paulo Santana, gestor da Adega, revela
que a "maqueta já foi aprovada e está a ser
apreciada pelos órgãos competentes". O mesmo
gestor, em declarações à Rádio Cova
da Beira, mostra-se confiante na resposta positiva das entidades
oficiais e já pensa em novos produtos. No entanto, explica,
"vai depender da avaliação dessas entidades
e do stock existente".
ACF quer roteiro dos vinhos
da região
Uma ideia que Santana gostava de ver aplicada era a da criação
de um roteiro dos vinhos da Beira Interior, à semelhança
do que já acontece noutras regiões. "Nesta
zona temos locais belíssimos, adegas com vinhos fantásticos,
boas instalações hoteleiras e um cem número
de situações únicas no País que podiam
ser aproveitadas, como se faz, por exemplo, na Bairrada e no
Douro", opina. Um trabalho que, sem dúvida, teria
de ser feito em equipa e podia promover "não os produtos
das Adegas da Covilhã, Fundão ou outras, mas de
toda a região em que estamos inseridos", acrescenta.
Cada vez mais a divulgação tem de aproveitar os
novos meios de comunicação, como por exemplo, a
Internet. A Adega fundanense está atenta ao evoluir do
meio e prepara-se para apostar na promoção via
web. "Para já, estamos a elaborar um novo site e,
depois, vamos enveredar pela área do comércio electrónico".
Este último, nas palavras de Paulo Santana, "tem
sido pouco explorado no Fundão, mas a tendência
é que, no prazo de um ano, o sector das bebidas venha
a liderar o sentido de compras dos portugueses nas lojas virtuais".
Atenta a esta evolução da mentalidade dos consumidores,
a ACF está a recolher, segundo Santana, "orçamentos
de material informático e a elaborar estudos de mercado
para começarmos a trabalhar o assunto em 2001".
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