A Covilhã foi uma das
seis cidades escolhidas para acolher o projecto dos Cybercentros.
São espaços de demonstração das novas
tecnologias da informação e multimédia,
que visam tornar mais acessível e fomentar o seu uso quotidiano,
localizados preferencialmente em cidades de média dimensão
com numerosa população estudantil no Ensino Superior.
O projecto junta entidades públicas, como o Instituto
das Comunicações de Portugual (ICP), o Instituto
Português da Juventude (IPJ), a Fundação
para a Divulgação das Tecnologias de Informação
(FDTI) e entidades públicas ou privadas formando associações
do tipo não lucrativo ou em sistema de régie cooperativa.
Na Covilhã, a UBI é a entidade que está
a lançar o projecto. O edifício contíguo
ao Pólo IV, na Carpinteira, onde estão instaladas
as Ciências Sociais e Humanas, foi disponibilizado pela
UBI para reconstrução e instalação
do Cybercentro da Covilhã. Este será o primeiro
a ficar concluído, em Fevereiro, prevendo-se por isso
a sua inauguração no próximo aniversário
da Universidade.
A abertura ao público covilhanense em inícios de
Maio vai permitir o acesso a material informático ligado
à internet e à rede de Bibliotecas Públicas
Nacionais, ao espaço de consulta na biblioteca de CD ROM
com várias obras de referência, a uma reprografia
self-service, à sala estúdio do Instituto das Comunicações
Audiovisuais e Multimédia (ICAM), assim como a um espaço
de convívio com cybercafé e a uma área comercial
a explorar por privados. Tudo a funcionar das 9 horas da manhã
à meia noite, podendo numa segunda fase permanecer aberto
24 sobre 24 horas.
Investimento de 130 mil
contos
A auto-suficiência e
dinamização do espaço é um dos assuntos
em que se debruçam agora os parceiros da iniciativa. Ricardo
Serra, licenciado em Gestão pela UBI, assumiu recentemente
a direcção-executiva do Cybercentro e é
nas suas mãos que se coloca a responsabilidade de manter
o funcionamento do espaço e zelar pela sua viabilidade
económica. Tarefa esta difícil, visto estimar-se
para já em 30 a 40 mil contos anuais o custo de manutenção
da estrutura.
O valor total da obra ainda não é conhecido, mas
as entidades apontam contratualmente para o valor máximo
de 130 mil contos.
O ICP comparticipa em 70 por cento o custo das infra-estruturas,
cabendo à UBI suportar o restante. Ao nível dos
equipamentos é também este Instituto quem financia
grande parte do material, enquanto que a Sala Estúdio
Multimédia é suportada, na sua totalidade e até
15 mil contos, pelo ICAM.
Para a fase inicial o Cybercentro dispõe de uma outra
verba, um fundo de maneio de nove mil contos comparticipada pela
UBI, o ICP e o IPJ. "É óbvio que no futuro
se espera que o Cybercentro consiga gerar receitas para se tornar
auto-suficiente", refere Mário Raposo, vice-reitor
da UBI. Para isso a gestão do Cybercentro privilegia a
angariação de patrocínios de entidades vocacionadas
para este tipo de tecnologias. Esse apoio poderá ser monetário
ou de equipamento.
ICAM e UBI celebram protocolo
O cybercentro é também
um espaço de excelência para obter formação
na área. Com a abertura do Cybercentro, o IPJ vai transferir
as suas instalações, até agora localizadas
na Rua Comendador Mendes Veiga, para uma sala própria.
Também a FDTI pretende vir a dar formação
de informática e talvez extensiva à área
multimédia.
Além destas duas salas, irá ser criada a Sala Estúdio
Multimédia. O protocolo que definirá a cooperação
entre ICAM e a UBI ainda não está assinado. Mas
nesse documento está prevista a transferência do
Centro de Recursos e Aprendizagem da UBI (CREA) para a sala do
ICAM.
De norte a sul do País, e para além da nossa cidade,
também Castelo Branco, Guarda, Beja, Guimarães
e Aveiro vão ter brevemente um Cybercentro.
|