António Fidalgo
|
Mistério do Natal
Mistério porque não entendemos, não por
obscuro, mas por ultrapassar a capacidade de compreensão. E o
mistério é este: Por aqueles dias, saiu um édito
da parte de César Augusto, para ser recenseada toda a terra. E
iam todos recensear-se, cada qual à sua própria cidade.
Também José, deixando a cidade de Nazaré, na
Galileia, subiu até à Judeia, à cidade de David,
chamada Belém, por ser da casa e linhagem de David a fim de
recensear-se com Maria, sua mulher, que se encontrava grávida.
E quando eles ali se encontravam, completaram-se os dias de ela dar à
luz e teve o o seu filho primogénito, que envolveu em panos e
recostou numa manjedoira, por não haver para eles lugar na
hospedaria. Na mesma região, encontravam-se uns pastores, que
pernoitavam nos campos, guardando os seus rebanhos durante a noite. O
anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor refulgiu em
volta deles, e tiveram muito medo. Disse-lhes o anjo: «Não
temais, pois vos anuncio uma grande alegria, que o será para
todo o povo: Hoje, na cidade de David, nasceu-vos um Salvador, que é
o Messias, Senhor. Isto vos servirá de sinal para o
identificardes: Encontrareis um Menino envolto em panos e deitado
numa manjedoira». De repente, juntou-se ao anjo uma multidão
do exército celeste, louvando a Deus e dizendo:
«Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens
do Seu agrado».
Quando os anjos se afastaram deles em direcção ao
Céu, os pastores disseram uns aos outros: «Vamos então
até Belém e vejamos o que aconteceu e que o Senhor nos
deu a conhecer». Foram apressadamente e encontraram Maria, José
e o Menino, deitado na manjedoira. (Lucas, 2, 1-17)
O Natal é este mistério divino e tudo o resto é
comércio humano.
|