Dividido por painéis
das diferentes Unidades Científico Pedagógicas,
decorreram durante três dias, em vários pontos da
UBI, debates em torno dos problemas que afectam os diferentes
cursos, docentes e alunos da instituição. Apesar
da pouca afluência de docentes e alunos - em plena época
de avaliação de fim de semestre, apenas dezassete
pessoas assistiram ao encerramento do Fórum - a discussão
fez-se mesmo sem grandes conclusões.
O recém implementado Calendário Escolar esteve
várias vezes em foco. Votado em Fevereiro último,
a posição da Academia nunca foi de unanimidade
e as opiniões continuam divididas. Professores e, principalmente,
alunos denunciaram situações irregulares de incumprimento
do novo plano. Com apenas três meses desde a sua estreia
já se acumulam queixas de critérios de avaliação
não definidos, sobreposição de exames de
disciplinas do mesmo ano curricular e casos de alunos que até
à data se encontram à espera dos resultados oficiais
do ano lectivo de 99/00. A AAUBI fala na possibilidade de abrir
um Plano de Contingência caso o corpo docente da UBI não
respeite os novos prazos e caso a instituição,
através dos órgãos imputáveis, não
seja capaz de os fazer cumprir.
Quem mais uma vez não passou sem ouvir críticas
ao seu funcionamento foram os Serviços Académicos.
Acusados de burocracia, de cobranças "elevadas e
absurdas de serviços". Neste ponto a direcção
de AAUBI pediu especial atenção por parte da instituição
em relação às disciplinas consideradas "críticas"
e às taxas de repetição a aplicar nestes
casos.
Marketing e promoção
da instituição
Preocupados com o futuro da
licenciatura de Química Industrial quando se fala em abrir
licenciaturas em Engenharia Química e Física e
Química, e face à fraca afluência de novos
alunos registada neste ano lectivo, vários alunos quiseram
fazer chegar até ao Reitor as suas queixas. Santos Silva
defendeu a necessidade de criar novos planos de ensino e campos
de acção, não vendo por isso algum perigo
de "desaparecimento" da Química Industrial.
Jorge Jacinto atribui especial relevo à questão
das vagas por preencher. E defende que a UBI deve intervir na
captação de alunos empenhando-se em campanhas de
marketing e divulgação, sem esquecer que "a
melhor publicidade será a do próprio aluno".
Manuel Santos Silva reforça esta opinião: "Temos
que centrar o ensino no aluno e não no professor".
Em relação ao caso específico da Engenharia
Têxtil, Santos Silva já preparou a representação
da licenciatura na feira de Têxtil "Maquitex"
deste ano.
O problema do insucesso escolar mereceu considerações
de Santos Silva. "A resolução deste problema
terá que se construir com base nos problemas estruturais,
uns intrínsecos à instituição, outros
de fora." A sua resolução está, "mais
do que nos funcionamentos e serviços da UBI, nos docentes
e alunos", conclui.
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