Na madrugada de quarta, 6,
para quinta feira, 7, o mau tempo assolou todo o País
e fez estragos na Covilhã. Um dos casos mais complicados
ocorreu na Rua da Indústria, onde a chuva forte provocou
um aluimento de terras entre esta via e a Estrada da Fábrica
Velha, junto ao antigo edifício da Nova Penteação.
Um incidente que levou ao encerramento temporário das
duas artérias, causado, aparentemente, segundo explicações
dadas no local por um engenheiro dos Serviços Municipalizados,
pela má drenagem de águas. A acumulação
abriu uma racha no passeio pedonal da Rua da Indústria
e a infiltração causou a erosão do terreno.
A situação forçou a realização
de uma reunião de emergência na Câmara Municipal
com representantes dos Bombeiros Voluntários da Covilhã,
da Guarda Nacional Republicana e da Protecção Civil.
Os estragos foram avaliados e estudadas medidas de intervenção
e prevenção de novas situações. Os
responsáveis decidiram, assim, preparar a drenagem e construção
de um muro de suporte. Processo que exige a deslocação
ao local de máquinas e técnicos especializados.
Até estar garantida a segurança, o trânsito
circula apenas numa faixa.
A acompanhar o trabalho das equipas de emergência, Carlos
Pinto garantiu que outras medidas serão tomadas na prevenção
de situações idênticas. É o caso do
espaço imediatamente em frente, onde ainda há poucos
anos a cedência de terras destruiu uma oficina, atingida
por uma derrocada desde a Avenida Frei Heitor Pinto. Nessa altura
foi construída uma grande estrutura de suporte, agora
a autarquia quer reforçar o que resta dos antigos muros
de pedra.
Corpo do idoso já
foi encontrado
Mas os estragos espalharam-se
uma pouco por toda a cidade, com várias inundações
em residências e o forte vendaval a causar a queda de uma
grua na Rua da Saudade. Dias antes havia caído uma casa
na Avenida de Santarém.
Também a população escolar foi afectada.
Na Escola de S. Domingos, freguesia de Cantargalo, não
houve aulas durante toda a tarde, e no Paul, a C+S foi encerrada
devido à inundação das instalações.
No resto da região, as complicações no trânsito
foram comuns. Os lençóis de água que rapidamente
se formaram e o derrube de árvores levaram ao encerramento
de algumas vias de circulação, nomedamente na Nacional
18, entre a Covilhã e Belmonte, na zona de Idanha-a-Nova
e na Atalaia do Campo. Aqui, Manuel Simões, homem de 86
anos desapareceu na tarde de quarta feira na Ribeira de Alpregada,
perto daquela povoação, a 30 km de Castelo Branco.
O seu corpo foi encontrado, a 3 quilómetros do local onde
foi visto pela última vez, às quatro e meia da
tarde de sexta feira pelos Bombeiros da Soalheira, secção
do Fundão. Segundo fonte da GNR, citada pela Agência
Lusa, o idoso ao tentar atravessar a ribeira com uma carroça
e um jumento, na tentativa de salvar o animal, foi arrastado
pelas águas.
Finalmente, situação difícil em Ponte Pedrinha,
já que os Bombeiros Voluntários da Covilhã
foram obrigados a servir-se de um barco para socorrer duas pessoas
isoladas pelas chuvas.
O Rio Zêzere e as ribeiras afluentes transbordaram, provocando
o alagamento dos terrenos marginais. |