Grupo galego Tanxarina apresenta
Dois contos, três loucos

Integrado no Festival de Teatro da Covilhã, o grupo de teatro espanhol Tanxarina levou ao palco, nos dias 26 e 27 de Novembro, a peça ContaLoucos. Um evento onde a boa disposição e simpatia conquistaram o público.

 Por Carla Loureiro

Tanxarina divertem público
na Covilhã


"Dois contos contados por três loucos". É assim que os Tanxarina falam da peça ContaLoucos e de si mesmos. E o grupo convence - conquistaram o auditório com os seus contos de índole simplista, os cenários humildes, mas nem por isso menos moralistas e cheios de humor. Foi, aliás, um fino sentido de humor a nota dominante ao longo da maior parte todo o tempo da peça.
A apresentação, com o sabor das histórias tradicionais, divide-se em dois contos. O primeiro, A bomba e o general, da autoria de Umberto Eco, critica o militarismo e põe a nu a ganância económica, acabando o general por terminar a peça como porteiro de hotel. Já o segundo, Timóteo, o amigo do labrego, de Terry Jones, exalta o valor da amizade como maior tesouro da vida. Timoteo e Anselmo, as duas marionetas, dão aos espectadores uma bela lição de amizade.
Passando pelos concursos de televisão, a crítica social e a ironia estão sempre presentes nas peças dos Tanxarina. Os actores, Eduardo R. Cunha, Andrés Giraldez e Miguel Borines, adaptam a moral, as expressões e vocabulário dos contos ao lugar onde estão. O contacto com o público também é privilegiado. A simpatia dos "três loucos" e a espontaneidade do público transformaram o espectáculo numa simbiose perfeita. As gafes imaginativas e as situações cómicas, a vida que brota dos actores, levaram a que muito público acorresse aos dois espectáculos. Com encenação de Candido Pazo, é uma peça para miúdos e graúdos, e quanto a morais da história, os "três tolos titiriteiros" deixam ao seu critério.

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