Com a abstenção do PS e da CDU
Planos de desenvolvimento concelhio aprovados

A adjudicação da empreitada da obra de construção das infra-estruturas viárias, eléctricas, águas e esgotos, gás e arranjos exteriores dos equipamentos desportivos para a cidade, a votação dos planos de actividades e orçamentos da autarquia e Serviços Municipalizados para 2001 e o Plano de Urbanização da Grande Covilhã, são os pontos aprovados pelo executivo municipal em reunião realizada na sexta-feira, 24 de Novembro.

 Por Rita Lopes
*NC/Urbi et Orbi






O Plano de Urbanização da Grande Covilhã foi aprovado, apesar da contestação socialista e comunista


A reunião pautou-se pela falta de unanimidade entre os vereadores social-democratas e os da oposição. Com dúvidas em relação, sobretudo, ao Plano de Actividades e Orçamento da edilidade e ao Plano de Urbanização da Grande Covilhã, PS e CDU abstiveram-se.
João Martins, vereador socialista, salienta que a apreciação "não foi negativa": "Apenas pensamos que continuam a figurar no Plano obras e projectos que não se concretizam e que acabam por inflaccionar o orçamento". Por isso, a abstenção do PS advém da "falta de transparência que não deve existir num documento desta importância, sobretudo na devida contabilização e orcamentação das obras envolvidas". Apesar da abstenção, João Martins refere que o partido vai estudar em pormenor os documentos, uma vez que considera "prematuro falar de coisas que ainda não são bem conhecidas".
Quanto ao outro polo de oposição, Vítor Reis Silva, vereador da CDU, mostra algumas reservas em relação ao Plano de Urbanização da Grande Covilhã, mas também satisfação relativamente ao Plano dos Serviços Municipalizados. Este último, considera o vereador, "mais específico e mais concreto relativamente às obras a realizar".
O mesmo não se passa com o Plano de Actividades da Câmara. Reis Silva absteve-se "por falta dos documentos necessários à correcta análise do projecto, solicitados no dia 18 de Outubro e que até hoje não chegaram". O vereador está indignado com a atitude da autarquia que apelida de "escandalosa e premeditada". E acrescenta: "O meu não voto foi no sentido de protestar pela inexistência dos elementos necessários e pelo incumprimento da lei".

Complexo Desportivo: obras aprovadas

Perante o cenário de protestos e ausência de Carlos Pinto, presidente da edilidade, Alçada Rosa, vice-presidente, assumiu a dianteira e desfez as críticas avançadas pela oposição. Alçada Rosa garante que enviou "na devida altura, para todos os vereadores, o que era necessário para o estudo do Plano" e considera que Reis Silva se serviu de um "estratagema para afirmar a sua não aprovação de um Plano que não merece qualquer objecção".
Quanto ao Plano de Actividades e Orçamento da edilidade, Alçada Rosa define-o como "um plano abrangente daquilo que é possível e desejável fazer". Sem a total parceria nos projectos, os responsáveis esperam que uma grande parte do que propõem seja feito "com total satisfação". O Plano de Urbanização é, para a autarquia, "uma peça fundamental no nosso desenvolvimento". Contudo, ainda há algumas definições que não estão devidamente assumidas e que o vice-presidente define como "primordiais para as grandes linhas de urbanização da cidade". Na dianteira destas prioridades estão a Auto-Estrada da Beira Interior, a Periférica à Covilhã e os eventuais Túneis da Estrela.
Sem indecisões decorreu a aprovação do investimento de 537 mil contos, relativos às obras de infra-estruturas da zona desportiva da cidade. "É um risco muito grande que a Câmara está a correr, pois temos da parte do Governo a vontade de apoio, mas é ainda uma vontade não formalizada", explica Alçada Rosa. Uma iniciativa que a autarquia assume "de corpo e alma" e que torna irreversível o posicionamento em relação à nova zona desportiva covilhanense.

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