A Covilhã
em alta*
Dois acontecimentos
realizados na Covilhã merecem destaque especial pela determinação
do seu futuro: a apresentação da Comissão
da Instalação da Faculdade das Ciências da
Saúde e do Plano Estratégico - "Covilhã
urbe 2030".
Ambos os acontecimentos convergem para transformar a Covilhã
num pólo aglutinador no eixo Guarda-Covilhã-Castelo
Branco. Não significa isto que a Covilhã tire o
lugar às cidades vizinhas ou se sobreponha a elas. Simplesmente
a sua posição geográfica em equidistância
da Guarda e de Castelo Branco é reforçada como
uma mais valia.
Sem se pôr de parte a complementaridade que deve existir
e é desejável que se concretize entre as cidades,
a Covilhã reúne condições invejáveis
para se transformar num pólo de atracção
e de desenvolvimento na corda da Serra da Estrela.
Os túneis que vão ligar Covilhã a Seia,
via Manteigas, constituem um elemento importante não só
em termos turísticos mas também de aproximação
e colaboração na área dos têxteis.
A valorização do território e as condições
para fixação das pessoas estruturam a nova fisionomia
do futuro da Covilhã.
A Faculdade das Ciências da Saúde vem consolidar
a UBI e contribuir para que, na próxima década,
a Beira Interior tenha mais médicos. A articulação
com os hospitais da Guarda e de Castelo Branco e a rede dos Centros
de Saúde é um primeiro passo de complementaridade,
com a Covilhã no epicentro.
A apresentação pública da Comissão
de Instalação da Faculdade revela que o calendário
da abertura em Setembro de 2001 se mantém. E igualmente
a construção do edifício da nova Faculdade
ao lado do novo Hospital da Cova da Beira está dentro
dos prazos previstos. Contra os profetas da desgraça que
diziam não haver médicos de renome para a nova
Faculdade, esta apresentação comprova o contrário.
E tudo se conjuga para que a UBI tenha uma Faculdade de Ciências
da Saúde ao melhor nível.
O Plano Estratégico "Covilhã urbe 2030"
projecta a Covilhã para uma cidade média europeia,
sem complexos de nenhuma ordem. É uma nova cidade que
vai nascer desde o Canhoso ao Tortosendo, com nova planificação.
O urbanismo, os serviços de apoio social e as acessibilidades
são repensadas. Todas as actividades desde o desporto
ao comércio e à cultura têm o seu lugar próprio.
E um destaque: os espaços verdes que na cidade antiga
praticamente não existem.
As localidades rurais estão também abrangidas no
Plano Estratégico. Com o prolongamento do eixo TCT ao
Barco e depois Ourondo, Aldeia de S. Francisco e S. Jorge da
Beira, o sul do concelho fica desencravado. E assim pode ter
uma nova dinâmica. Mas atenção: é
importante que as características rurais não sejam
eliminadas, pois tal acto seria um autêntico tiro no pé.
O Plano Estratégico passa agora à discussão
pública. Impõe-se que, para lá dos quadrantes
políticos, todos os cidadãos dêem a sua contribuição
para o melhorar.
É o futuro da cidade e da sua capacidade de atrair novas
gentes e novos investimentos que estão em jogo. Como cidadãos
compete-nos dar opinião.
Faculdade das Ciências da Saúde, Plano Estratégico
"urbe 2030", eis dois momentos e duas acções
que põem em alta a Covilhã.
*Urbi
et Orbi/NC |