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Maria João
Mário Laginha
Chorinho
Feliz
Hoje estarão
na Covilhã, às 21h30 no Teatro-Cine, Maria João
e Mário Laginha, o duo de jazz contemporâneo português
que dispensa apresentações.
Depois de seu trabalho "Lobos, Raposas e Coiotes" ,
gravado com a Orquestra Radio-Filarmónica de Hanover e
eleito pela crítica portuguesa como o melhor álbum
de 1999, a dupla apresenta "Chorinho Feliz".
O disco encomendado pela Comissão Nacional para a Comemoração
dos Descobrimentos Portugueses foi gravado em Fevereiro no Rio
de Janeiro tem a participação especial de Gilberto
Gil e Lenine, e ainda a colaboração de Toninho
Horta (violão), Toninho Ferragutti (acordeão),
Nico Assumpção (baixo), Armando Marçal (percursão)
e Ivo Meirelles & bateria do Funk'n'Lata.
Não foi por mero acaso que este trabalho, cujo objectivo
é celebrar o achamento do Brasil por Pedro Álvares
Cabral há 500 anos atrás, foi entregue ao duo.
Maria João, amante das suas raízes africanas, já
cantou em línguas de África e Índia, com
sotaques brasileiros e crioulos mostrando que dentro de si existe
uma infinidade de raças. Mário Laginha, compôs
as músicas e mostou ser um génio com grande capacidade
de adaptação, compreensão e criatividade.
Os dois são tão cumplices que se misturam.
Chorinho feliz é um álbum simpático e comovente,
onde mais uma vez Maria e Mário provam que o jazz não
tem que ser uma música chata, confusa e para intelectuais.
Eles consideram que o disco é uma "colecção
de aguarelas", de quadros que viram e ouviram nos meses
que passaram no Brasil.
Assim saem do disco sons de várias cores, tantas quantas
lá encontraram: ritmos de marimbas do Brasil, de tambores
de África, de adufes portugueses. O álbum não
será tanto uma fusão de dois países, mas
um encontro de culturas: as brasileiras - nas palavras crioulas
e ritmos de samba - e as portuguesas - nos cantares tradicionais
e no jazz que eles próprios inventam.
A digressão em Portugal chegará hoje ao palco do
Teatro Cine. Uma oportunidade de ouvir os sambas, forrós
e chorinhos interpretados pelo dueto.
A música contagiante e o improviso estão prometidos.
O convite está feito, e é dito por aquela voz que
conhecemos...
Turututu Turututu Turututu
Vem aqui tu
Turututu Turututu Turututu
Quero aqui tu
Marta
Correia |