Professores da EPABI premiados
em Estremoz
POR LÉNIA REGO
Alexandra Mota e Paulo Ferreira,
professores de Canto da Escola Profissional de Artes da Beira
Interior, foram distinguidos, em Estremoz, na 2ª Edição
do Concurso Internacional de Canto Tomáz de Alcaíde.
Alexandra Moura obteve o prémio de Melhor Intérprete
de Obras do Século XX e Paulo Ferreira trouxe para a cidade
da Covilhã um dos primeiros prémios na modalidade
de Ópera e Concerto.
Alexandra Moura e Paulo Ferreira
são docentes da Escola Profissional de Artes da Beira
Interior (EPABI). Ligados ao mundo da música desde a infância,
trocaram o Norte do país de onde são provenientes,
pelo Interior. "Gosto mais de trabalhar aqui. As pessoas
são diferentes e é mais fácil incutir sensibilidade
para a música nos alunos", confessa Paulo Ferreira.
Neste momento há já um número bastante razoável
de jovens a cantar e uma grande tradição ao nível
do canto lírico na Europa. Em Portugal são ainda
poucos os docentes na área do canto. Mesmo assim, o trabalho
continua a ser pouco para quem se dedica a este ramo. "Somos
poucos, mas não há trabalho suficiente para todos",
comenta Alexandra Moura.
Concorreram à 2ª Edição do Concurso
Internacional de Canto Tomáz de Alcaíde, juntamente
com outros representantes de países como França,
Rússia, Polónia, Canadá, Brasil, China,
Japão e Espanha.
Participaram por puro interesse e sem nenhuma intenção
de ganhar. "Não estava à espera de nada. Vamos
com o coração ao alto. Não somos mais do
que uma gota no oceano, pois somos muitos cantores" , afirma
Paulo Ferreira.
Para Alexandra Moura esta foi uma experiência nova, que
lhe valeu o Prémio de Melhor Intérprete de Obra
do Século XX. Paulo Ferreira, que já tinha participado
anteriormente num Concurso Nacional de Canto, trouxe para a cidade
da Covilhã um dos primeiros prémios na modalidade
de Ópera e Concerto.
No futuro, pretendem participar no Concurso Vozes Ibéricas
no próximo mês de Dezembro, em Fafe, e também
num concurso internacional em Espanha. |