António
Fidalgo |
Eleições
na UBI
Encontra-se a UBI em pleno processo
eleitoral para os órgãos da
universidade, nomeadamente para os conselhos directivos, científicos
e
pedagógicos das faculdades e para as presidências
dos departamentos.
Docentes, alunos e funcionários são chamados a
escolher quem de entre eles
assumirá funções administrativas. A gestão
da universidade é de cariz
democrático, como o estipula a lei 108/88 da República
Portuguesa, a
célebre Lei da Autonomia das Universidades.
Podendo-se discordar do modelo democrático na gestão
das universidades - e
há boas razões para se discordar desse modelo!
-, o que é um facto é que
as universidades públicas são governadas democraticamente
e, por isso, há
que agir de acordo com as regras legalmente em vigor. A comunidade
universitária tem o dever deontológico de não
se alhear destas eleições,
pois que delas depende, e muito, o futuro próximo da universidade.
Futuro
que, por razões já apontadas em anteriores editoriais,
não é fácil. O que
está em causa é escolher aquelas pessoas que em
consciência o eleitor acha
que irão desempenhar melhor os respectivos cargos.
Dado que as carreiras profissionais, de docentes, de funcionários
ou de
alunos, não são, na maioria dos casos, beneficiadas
com eleições ganhas,
bem pelo contrário os cargos constitutem um escolho às
tarefas de ensino e
investigação dos docentes e ao progresso dos alunos
nos seus estudos, é
necessário adoptar um espírito de missão
para aceitar participar não só
como eleitor, mas também como candidato a um lugar administrativo
na
universidade.
Se não houver um espírito de entrega à instituição
e, sobretudo, aos
nobres fins do ensino e da investigação que são
o seu sentido, então será
muito difícil a universidade conseguir afirmar-se face
às outras
instituições de ensino superior. É fundamental
que a comunidade ubiana se
dê conta que nestas eleições muito se joga
do seu futuro. Ninguém pode
esconder-se no pior espírito de funcionário público,
de que sendo o Estado
o patrão, não importa o futuro da instituição.
Está nas mãos de cada
eleitor contribuir para que a UBI seja um lugar de saber, de
intensa e
profícua investigação científica
e tecnológica e de ensino sólido e bem
sucedido.
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