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Internacionalizar a Rampa é o próximo passo

A Rampa da Serra da Estrela é um clássico da especialidade. Os cerca de quatro quilómetros do traçado são bastante selectivos. "Ganchos" e zonas muito rápidas combinados com curvas em que o apoio aerodinâmico é necessário, exigem bastante dos pilotos e fazem o gáudio do muito público que acorre à prova. A inclinação média do percurso é de 8, 88 por cento e a diferença de nível entre a partida e a chegada é de uns impressionantes 370 metros.
A velha aspiração da organização é fazer com que a prova faça parte do calendário internacional, nomeadamente do Campeonato Europeu de Montanha. Jorge Patrão, presidente da Região de Turismo da Serra da Estrela (RTSE), dá voz a esta ambição e acredita que "com a excelente organização do Automóvel Clube de Portugal e a credibilidade que tem junto da Federação Internacional do Automóvel conseguiremos uma vaga". No entanto, refere que é necessário "proceder a algumas alterações".
Os pilotos consideram que a prova é "excelente a todos os níveis". Traçado, segurança e organização mereceram rasgados elogios, excepção feita ao asfalto, que apresenta alguma degradação.
O vencedor, Carlos Rodrigues, afirma que "a organização foi impecável, cumpriram-se os horários e os concorrentes tiveram uma recepção como não têm em mais lado nenhum". "Se reasfaltarem o piso passa, sem dúvida, a ser a melhor rampa nacional", acrescenta.
Ferreira da Silva é da mesma opinião: "O traçado em si é muito bonito, mas o piso está muito ondulado, o que tira muita estabilidade ao carro". Para o novo campeão de montanha, "as pessoas estão de parabéns pela forma como nos acolheram".


Rampa da Serra da Estrela 2000
Carlos Rodrigues sobe para a vitória

POR RODOLFO PINTO SILVA*

A prova, que contou para o Campeonato Nacional de Montanha, consagrou Ferreira da Silva como campeão da especilidade.

Carlos Rodrigues foi o vencedor da Rampa Serra da Estrela - TMN 2000, disputada no fim-de-semana de 27 e 28 de Outubro. O piloto do Gianfranco, ao volante de um Porche 911 RSR, foi o mais rápido nas duas subidas e retirou quatro segundos ao tempo de Pedro Matos Chaves, o vencedor da Rampa em 1999. A prova, pontuável para o Campeonato Nacional de Montanha, foi o palco para Manuel Ferreira da Silva, com um terceiro lugar, se sagrar campeão da especialidade, com o Ford Escort Cosworth da Peres Competições. No segundo lugar do pódio ficou Fernando Peres, o piloto do segundo Escort da equipa Peres.
Carlos Rodrgues, ao ser o mais rápido nos treinos cronometrados, já tinha mostrado que era o adversário a bater no asfalto serrano. Com um tempo de 2' 16'' 820, acreditava poder tirar um segundo a esta marca: "Correu muito bem até agora. Tive uma ou outra hesitação em alguns ganchos, mas penso que posso subir no segundo 15".
Fernado Peres era o segundo mais rápido, a um segundo e 339 milésimos de Carlos Rodrigues. Ferreira da Silva quedava-se pelo terceiro lugar com uma diferença de um segundo e 404 milésimos para o melhor tempo. O piloto, principal candidato ao título de campeão da montanha, mostrava-se confiante no desempenho para a prova, mas sem arriscar demasiado: "Está a correr bem, mas o principal é o campeonato, pelo que não vou arriscar. Se necessário, poderei tirar 1 ou 2 segundos a este tempo".

"Pódio dos treinos" repetido na prova

Após as duas subidas que compunham a prova, Carlos Rodrigues, Fernando Peres e Ferreira da Silva ocuparam, respectivamente, o primeiro, segundo e terceiro lugar do pódio.
Carlos Rodrigues, que este ano ganhou o campeonato de clássicos, estava feliz pela vitória e destacava o comportamento do Porche: "Estou muito contente, o meu carro estava excelente. Já é bastante antigo para estas andanças, mas tem a vantagem de ser mais leve do que os carros de rali".
Com o terceiro lugar na Rampa, Ferreira da Silva conquistou o título de montanha, o primeiro da carreira. "Estou muito contente por ser campeão, depois de ter tido os adversários que tive ao longo de toda a época", declara o piloto. Em relação à Rampa, a "vitória terá ficado hipotecada com uma "atravessadela" na zona do parque de campismo que me fez perder muito tempo", confidencia.
A lista dos cinco primeiros fica completa com os irmãos Petiz (Jorge em quarto e Alcides em quinto, este último a sagrar-se campeão do Grupo N). o melhor espanhol foi Jaime Montes, em décimo lugar, com um Citroen AX Sport.
Quanto aos pilotos da região, Carlos e Gilberto Correia da Escuderia de Castelo Branco classificaram-se em 15º e 16º, respectivamente. O representante da Covilhã, Sérgio Real, teixosense que conduz um Toyota Starlet do Grupo A, depois de fazer a 22ª melhor marca nos treinos, ficou em 26º na geral.

* NC / Urbi et Orbi






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