radiohead
por Rodolfo Silva |
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Desde que os Radiohead
editaram "OK Computer", em 1997, que se esperava ansiosamente
um novo álbum que avaliasse o percurso criativo que o
grupo de Oxford estava a seguir.
Para os mais desatentos, "Kid A" veio confirmar que temas como
"Creep", "High & Dry", "Just"
ou "My Iron Lung" ficaram para trás, bem como
as composições criadas a partir de guitarra, baixo
e bateria. O tempo, agora, é de recurso a teclados e samples,
numa aproximação ao experimentalismo de ambientes
mais electrónicos.
Mas se mudou a forma, o conteúdo mantêm-se. A atmosfera
depressiva e de desespero que se vivia nos grandes êxitos
dos Radiohead, também inspirou "Kid A", um disco
propício a ouvir no escuro e que não provoca grandes
exaltações da alma.
É a nova face dos Radiohead, muito pouco pop, muito pouco
"radio" (não é de esperar que os temas
deste disco façam parte das "playlist" das rádios
mais viradas para as tendências comerciais). Também
não é de esperar grande sucesso de vendas.
Fica a certeza de uma banda que continua a ultrapassar o convencional
do pop e dos seus próprios limites.
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