Mundial Universitário
de Andebol
Competição
"alargada" à Região de Turismo
POR ALEXANDRE SILVA*
A três meses
do Mundial Universitário de Andebol a Câmara da
Covilhã ainda não respondeu aos pedidos de apoio.
A organização, no entanto, está optimista
e abre o campeonato a toda a região.
A Câmara da Covilhã ainda não cumpriu o pagamento
da verba acordada para apoio ao Mundial Universitário
de Andebol que, entre 27 de Dezembro de 2000 e 5 de Janeiro de
2001, se disputa na Beira Interior. Segundo João Canavilhas,
responsável máximo pelo evento, "a organização
já efectuou várias tentativas para entrar em contacto
com os responsáveis da autarquia mas ainda não
obteve qualquer resposta. Nem positiva nem negativa". A
fatia que cabe à edilidade covilhanense, acordada há
cerca de uma ano em reunião com o vereador do Desporto,
é, segundo Canavilhas, de três mil e 500 contos.
"Um valor idêntico ao acordado com a Câmara
da Guarda, que já cumpriu a totalidade do pagamento",
assegura.
Contactado pelo NC, João Esgalhado, vereador covilhanense
com o pelouro do Desporto, não quis comentar a situação.
De qualquer modo, e segundo a organização, até
à data, só 40 por cento dos patrocínios
chegaram efectivamente aos cofres da organização.
"As pessoas ainda não acreditam que vai haver uma
competição mundial na região", lamenta
Canavilhas.
Para já, continua, "os apoios que temos já
possibilitam a realização da prova. E, a nível
técnico, o Campeonato vai ser um sucesso com ou sem o
apoio dos patrocinadores que faltam. Mas, uma coisa é
a competição, e essa está garantida, e outra
é a grande festa que nós gostaríamos de
fazer". Para o presidente da Comissão Organizativa,
a verba que falta será destinada à promoção
da prova, "que, por arrasto, vai promover também
a região".
16 equipas 30 anos depois
De visita à região para avaliar o estado da organização,
Michel Bonfills, delegado da Federação Internacional
de Desporto Universitário (FISU), está optimista
quanto ao sucesso e qualidade da prova. Em conferência
de imprensa realizada no último sábado, 14, o enviado
francês mostrou-se não só satisfeito, como
surpreendido com qualidade das infraestruturas desportivas e
não desportivas que vão acolher os atletas. "Estou
admirado porque, em França, não estou habituado
a ver instalações tão boas para os estudantes
universitários", reiterou.
Um dos problemas que se levantou à organização
foi, aliás, o do alojamento dos atletas, uma vez que os
jogadores de fora da Europa chegam mais cedo que os restantes,
numa altura em que as residências universitárias
ainda albergam estudantes. Este problema foi, no entanto, resolvido
com extensão do Campeonato a outros concelhos da Região
de Turismo da Serra da Estrela (RTSE), que permite o alojar os
internacionais noutras localidades. Esta abertura da competição
a outras cidades da Beira, ao contrário do que estava
inicialmente previsto (Covilhã e Guarda) foi uma imposição
da RTSE, um dos principais patrocinadores. Na opinião
de Canavilhas, esta medida é até benéfica
para a prova, "pois o alargamento da competição
a outros pavilhões leva a que haja mais público
para uma prova que, queremos, envolva toda a região e
que, pela primeira vez em 30 anos, conta com a presença
de 16 equipas".
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