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um Filme          



  Por vezes saímos da sala de cinema com desânimo na alma pelo dinheiro mal gasto. Outras vezes, olhamos para a cassete de vídeo alugada e perguntamo-nos como podemos errar assim tanto na escolha de um filme. Os defeitos são quase sempre os mesmos: péssimo (ou nenhum) enredo, personagens pouco credíveis, realização banal ou actores de fraco calibre. A televisão, então, parece uma fábrica de criação intensiva destes seres.
No entanto, e de vez em quando, temos surpresas tão agradáveis que nos fazem acreditar de novo na magia da imagem em movimento.
Ghost in the Shell, de Mamoru Oshii é uma dessas surpresas. Este filme de animação japonesa, que remonta já a 1995, mete a um canto, literalmente, qualquer outro que tenha visto. Seja a nível de rigor visual, de aprimoramento dos desenhos e das cores ao ponto de nos perguntarmos se não terá imagens reais, de profundidade psicológica das personagens e de robustez do argumento.
Isto não é apenas um filme de 'bonecos'. Esta fenomenal animação japonesa mostra-se bastante mais coesa que muitos filmes com actores verdadeiros. As personagens não correspondem a protótipos, sendo tão reais que mereceriam prémios pela actuação, se de pessoas se tratasse.
A nível técnico, há que assinalar também a banda sonora e a fotografia, que aliadas a tudo o mais referido tornam esta animação numa obra marcante do cinema japonês.
por pedro homero

                                                                    

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