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de Brian
Singer
por Pedro Homero |
Devo desde já
referir que não sou grande conhecedor da série
de BD em que se baseia o filme. O género de BD's que gosto
é diferente, mas isso é outra conversa.
X-Men, de Bryan Singer (esse mesmo, o d' Os Suspeitos do Costume)
apesar de não ser uma daquelas obras que fazem história
(nós já falámos disto, certo?) apresenta-nos
uma boa trama e 1 hora e 44 minutos de diversão.
Não se pense, no entanto, que o filme se fica pelo entretenimento,
ou não fosse realizado por quem foi: para lá dos
efeitos especiais muito bem feitos - e não em demasia,
viva! - de um argumento um pouco mais denso do que o habitual
para filmes do género e de uma fotografia bastante aceitável
(se bem que óbvia em determinadas alturas) o filme ganha
por centrar-se em duas das personagens (recém-chegadas
ao grupo) evitando assim o absurdo de analisar a fundo 7 ou 8
em tão pouco tempo. Espertos. Por outro lado, o filme,
tal como certamente a BD que o originou, não duvido, levanta
questões interessantes do ponto de vista social, ético
e humano, ao analisar de uma forma até relativamente cuidada
as questões fulcrais da história - o medo do diferente,
a relação com o outro, a dicotomia vitória
pela paz/vitória pela violência etc. etc. Tá
a ver, não é?
Entretanto, se tais questões filosóficas não
estiverem na lista de interesses próprios, não
tem o espectador que se preocupar: as piadas do Wolverine, o
corpo da Dr.ª Jean Grey e as caretas do Toad, aliadas aos
efeitos especiais supracitados, serão razões mais
que suficientes para uma ida ao cinema.
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