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Contra a Pobreza e a Violência
Mulheres da Beira Interior
marcham em Lisboa

POR MARIANA MORAIS

A Praça dos Restauradores foi o ponto de partida para as muitas mulheres, vindas de diversos pontos do País, que ali acorreram no sábado para integrar a Marcha contra a Pobreza e a Violência. Uma iniciativa que já correu mundo, em resposta a um apelo das Nações Unidas e que culmina em Nova Iorque, no próximo dia 17, com nova marcha destinada a levar perante a ONU as reivindicações reunidas junto a mulheres de todo o planeta.
Apesar de ser uma marcha de mulheres, foram muitos os homens que se juntaram ao seu apelo e subscreveram as razões da sua luta: igualdade de direitos e oportunidades, fim da violência para com a mulher e a justa distribuição da riqueza do planeta entre países ricos e pobres.
O Urbi esteve lá, marchou lado a lado com os manifestantes e conta o que ouviu.

Cesaldina Robalo
operária têxtil
Benespera, concelho da Guarda

"Estou nesta marcha para ter melhores direitos no futuro e igualdade a nível de emprego e na sociedade. Eu e uma colega minha viemos numa excursão com mulheres e homens da Covilhã e de Castelo Branco".

Maria Manuela
empregada de limpeza
Amareleja, distrito de Beja

"Sou pela igualdade da mulher e contra a violência doméstica e os desgostos. Por isso vim com as minhas colegas do Grupo Coral Feminino da Casa do Povo da Amareleja. Os homens vieram connosco. Ao todo somos trinta pessoas. Viemos cantando pela avenida abaixo".

Alina de Sousa
enfermeira
Viseu

"Venho a esta marcha porque me identifico com os seus objectivos. Considero que as mulheres são um dos grupos mais explorados da sociedade, sobre o qual incide maior desemprego e, por isso mesmo, são as maiores vítimas da pobreza e da violência. Não vim sozinha, comigo vieram muitas mulheres e homens".

Regina Videira
empregada de escritório
Viana do Castelo

"Sou contra violência e a miséria. Isto cada vez está pior. Os governantes dizem uma coisa e fazem outra e assim isto não muda. Acho que esta marcha e outras podem ajudar e só espero que as televisões mostrem o que aqui se está a passar, para as pessoas que estão em casa ficarem a saber porque é que nós aqui estamos".

 

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