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Orminda Sucena sublinha a capacidade do Centro Hospitalar da Cova da Beira


Primeiras Jornadas de Saúde na Covilhã
Vencer a Interioridade

POR MARISA MIRANDA

"Vencer a interioridade" foi tema de conversa durante os dois dias de duração das Primeiras Jornadas da Saúde da Cova da Beira. Organizado pelo Centro Hospitalar Cova da Beira em colaboração com a Associação Sindical do Pessoal Administrativo da Saúde (ASPAS), o evento contou com a adesão de 260 pessoas, entre as quais médicos, docentes e políticos. Discutiu-se o estado da saúde na região, as soluções possíveis e o papel que a Faculdade de Ciências da Saúde poderá desempenhar.

Para Orminda Sucena, uma das organizadoras, um dos objectivos destas jornadas é divulgar o nome do Centro Hospitalar Cova da Beira. "Por estarmos no interior não significa que não tenhamos as mesmas capacidades que têm as outras instituições hospitalares", afirma convicta.
O primeiro painel destas jornadas foi dedicado ao tema "Como vencer a Interioridade" no qual, entre outros, estiveram presentes o presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Carlos Pinto, e o Reitor da Universidade da Beira Interior, Santos Silva.
Na sua intervenção, Carlos Pinto afirmou que "a interioridade não é um estado de espírito mas sim uma questão política". Já Santos Silva fez questão de sublinhar que "a UBI tem sido uma das instituições a lutar para vencer a interioridade e prova disso é a abertura da Faculdade de Ciências da Saúde".
O sub-inspector geral da saúde deu especial atenção ao gabinete do utente. César Augusto considera que este "é um óptimo índice de medição do atendimento aos utentes". Este serviço foi criado para que o utilizador dos serviços hospitalares possa apresentar os seus protestos e sugestões. De acordo com Orminda Sucena, "cada vez mais tem que se dinamizar este gabinete e tentar resolver todos os problemas que sejam postos pelos utentes".

Faculdade das Ciências da Saúde
dá os primeiros passos

No painel "Descentralizar o Ensino da Medicina", a docente da Faculdade de Ciências da Saúde, Ana Macedo, apresentou o projecto de implementação dessa faculdade na Covilhã. Um projecto que já está em marcha, para que a licenciatura em Medicina abra em Outubro de 2001.
Neste momento os responsáveis pelo projecto estão a trabalhar na articulação com as unidades de saúde da região, para estarem preparadas para receber os alunos. Essa articulação é feita a nível da formação dos médicos da zona e da elaboração da estrutura curricular das àreas científicas da licenciatura em Medicina.
Nos dois primeiros anos do novo curso só serão admitidos 60 alunos por ano, uma vez que as novas instalações da faculdade só estarão prontas em 2003. A partir daí serão admitidos 100 alunos por cada ano lectivo.
Um dos objectivos da Faculdade de Ciências da Saúde é adoptar sistemas de formação inovadores. Nesse sentido, Ana Macedo adianta que "têm sido feitas visitas a universidades estrangeiras que utilizam métodos de ensino diferentes baseados no estudante e não no professor. Pretende-se que o novo ensino seja baseado na auto-aprendizagem".
A encerrar os trabalhos discutiram-se os direitos e deveres dos serviços administrativos da saúde num painel onde estiveram presentes vários elementos da ASPAS.
O presidente da Comissão Instaladora do Centro Hospitalar Cova da Beira, João Casteleiro, fez um balanço positivo das jornadas, estando já garantida a sua próxima edição.






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