Nas Beiras
Serra da Estrela integra
estratégia global de turismo
POR SÓNIA ALVES*
No final deste ano, as seis
regiões de turismo da Região Centro apresentam
um Plano Estratégico para o Desenvolvimento do Turismo
das Beiras.
Com o objectivo de definir
uma estratégia global de promoção turística
das Beiras, as regiões de turismo do Centro decidiram
unir-se e traçar um Plano Estratégico para o Desenvolvimento
do Turismo das Beiras. Projecto promovido pela Associação
para o Desenvolvimento do Turismo da Região Centro, integra
as regiões da Serra da Estrela, Centro, Luz, Dão/Lafões,
Leiria/Fátima e Templários. Inclui também
os concelhos "não regionalizados" de Castelo
Branco, Idanha-a-Nova, Vila Velha de Ródão, Almeida,
Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Pinhel, Trancoso,
Anadia e Mealhada.
Para detectar todas as fragilidades existentes na área
promocional da Região Centro, a Associação
realizou um diagnóstico que contempla alguns recursos
turísticos: praias, monumentos, sítios arqueológicos,
museus, equipamentos hoteleiros, infra-estruturas, eventos culturais
e desportivos. Diagnóstico adjudicado ao Centro de Estudos
e Desenvolvimento Regional e Urbano (CEDRU) que estudou as regiões
em causa. Feito o diagnóstico, que deve estar concluído
até ao final do ano, a entidade promotora do Plano avança
para a implantação da estratégia.
O Plano, ao agregar seis regiões de turismo, representa
uma iniciativa pioneira pela dimensão geográfica
a unir. Trata-se de um processo idêntico ao já aplicado
na região algarvia e que vai ser desenvolvido no Alentejo
e Minho.
Colmatar falhas promocionais
Para o presidente da Região de Turismo da Serra da Estrela
(RTSE), o Plano vem colmatar algumas falhas existente a nível
da promoção da região. Jorge Patrão
salienta que "até há pouco tempo, e durante
muitos anos, o País estava estruturado em áreas
promocionais que eram vendidas no estrangeiro como retalhos.
A área da Serra da Estrela correspondia a uma zona chamada
"Montanhas", que se estendia do Tejo à fronteira
de Bragança." Para o responsável, este tipo
de definição territorial não representa
unidade turística, porque, por exemplo, "Trás-os-Montes
profundo não se identifica com a Serra da Estrela, os
produtos e o território são diferentes."
Jorge Patrão acredita que "o Plano Estratégico
vai permitir saber qual o tipo de procura que temos, o tipo de
turismo e recursos naturais a desenvolver e saber que capacidade
hoteleira dispomos, para aplicar esquemas turísticos."
"Fixar os turistas durante mais tempo na região é
a principal estratégia a implementar", adianta Jorge
Patrão. Para alcançar tal objectivo as regiões
de turismo vão aliar-se aos empresários locais,
confirma o presidente da RTSE, que acrescenta que "a restruturação
da Serra da Estrela tem que ser feita à volta do desenvolvimento
da qualidade dos recursos existentes".
*NC/ Urbi et Orbi |