Primeiro do País em
Castelo Branco
Gabinete para a Igualdade
combate violência doméstica
POR CATARINA MOURA
"Dar respostas
rápidas a problemas concretos" é, nas palavras
da ministra Maria de Belém, o objectivo dos Gabinetes
para a Igualdade. O primeiro do País entra em vigor na
próxima sexta-feira, em Castelo Branco, e foi apresentado
ao público ontem, no Governo Civil albicastrense.
Porque a violência doméstica
passou já a constituir um crime público, faltava
um espaço disponível para acolher as denúncias
e encaminhar os processos, oferecendo todo o apoio possível
às vítimas de maus tratos. Surgem assim os Gabinetes
para a Igualdade, um projecto da ministrada Igualdade, Maria
de Belém, que elegeu o distrito de Castelo Branco para
lançar a ideia e inaugurar o primeiro destes espaços.
O Gabinete vai funcionar no Governo Civil e terá à
frente a ex-coordenadora da Área Educativa de Castelo
Branco, Maria Manuel Viana, a quem a ministra teceu os mais largos
elogios, convicta de que "a sua competência, capacidade
de diálogo e conhecimento dos problemas vividos na zona
fazem dela a pessoa ideal para o cargo".
A localização deste primeiro gabinete naquele distrito
do Interior justifica-se pelo facto de os concelhos da Covilhã
e de Castelo Branco serem os mais afectados pela violência
doméstica, tanto física como psicológica.
Uma violência que deixa marcas profundas e muitas vezes
indeléveis em mulheres e crianças mas que, pouco
a pouco, já vai deixando de ser "socialmente ignorada"
por se passar "entre quatro paredes". Depois de ter
sido constituída como crime público, a violência
doméstica pode ser denunciada por terceiros e penalizada
como qualquer outro crime, sem ser exigida queixa das partes
envolvidas.
O Gabinete para a Igualdade entra em vigor na próxima
sexta-feira em Castelo Branco. Para breve estão já
planeados Gabinetes similares para Braga e Beja.
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