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um Quadro          


Tarde de domingo na ilha da Grande Jatte  

de Georges Seurat                                                         

O quotidiano, no que de mais simples e banal o caracteriza, é transformado neste quadro num cenário de um lirismo e beleza comoventes. Seurat, seguindo uma tendência que ficará muito em voga nos finais do século XIX, altura em que esta "Tarde de Domingo..." foi pintada, transporta para a tela o dia-a-dia parisiense, o povo anónimo, algo impensável até dada altura da nossa história, nos tempos em que a pintura estava reservada a uma elite que definia o que era ou não merecedor de eternidade.
Mas é a cor que torna este quadro fascinante. Uma cor que surge de milhões de pontos que, a certa distância, se transformam perante os nossos olhos em formas luminosas a que esta técnica ("pontilhismo"), na altura completamente inovadora, empresta uma névoa celestial e encantadora.
 

por catarina moura

                

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