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Pirómano detido na Estrela

POR CATARINA MOURA

Na semana passada, a Inspecção da Guarda da Polícia Judiciária (PJ) deteve o presumível autor de quatro incêndios ateados em áreas de pinhal do Parque Natural da Serra da Estrela, na zona da Covilhã, a partir de meados de Julho. O indivíduo, de 24 anos, integrou durante algum tempo os piquetes de vigilância aos fogos florestais. De acordo com a agência Lusa, o detido confessou a autoria dos incêndios e, após interrogatório do juíz de instrução criminal, foi-lhe decretada prisão preventiva até à conclusão do processo.
O perfil médio do incendiário está consensualmente definido: indivíduo do sexo masculino, solteiro, relativamente jovem, solitário, socialmente desinserido, sem encargos familiares, de baixo estrato social e económico, com nível de instrução rudimentar, residente na zona do incêndio e, na sua maioria, demonstrando desequilíbrios comportamentais. Como, à luz da psicologia forense, grande parte dos pirómanos são declarados inimputáveis, muitos não chegam a ser condenados. Os que o são podem enfrentar penas que vão dos três anos de prisão à multa até 600 dias.
As estatísticas revelam que mais de 90 por cento dos incêndios são provocados pelo homem, intencionalmente ou por descuido, e que apenas 3 por cento resultam de causas naturais como raios ou o efeito de lente. No entanto, contrariamente à opinião geral, os incêndios de origem criminosa são os que ocorrem menos frequentemente e os estudos disponíveis apontam muito mais para motivações pessoais que para a existência de grandes interesses económicos.

 

 

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