Danny Boyle, depois de Shallow Grave e
Trainspotting (2 bons exemplos de filmes fase adolescência-pós-adolescência)
e após um Life Less Ordinary que não vi(logo não
o saberia enquadrar aqui) trouxe-nos esta adaptação
do romance homónimo de Alex Garland, que fez furor nos
meios literários.
A ideia da viagem como fuga e ao mesmo tempo como (re)encontro
de nós próprios o mais longe possível de
casa não é nova e já foi, portanto, amplamente
explorada em várias formas artísticas. O tema focado
não é portanto, original.
Nem o tema complementar de procura de paraísos terrestres,
pelo que não é por aqui que se recomenda o filme.
The Beach é interessante de ver (e penso que se não
está ainda nos videoclubes, estará a arrebentar
não tarda) na medida em que é muito ténue
a linha que, no filme, separa a ironia apontada à banalidade
do turista ocidental, e o cair nessa mesma banalidade por parte
do filme e das suas personagens.
Assim, após uma primeira parte um bocado secante, os persistentes
recebem como prémio uma segunda parte em que parece que
se chega a algum lado na história e que faz merecer o
gasto do dinheiro.
A personagem principal, a que Leonardo di Caprio dá corpo,
é um jovem ocidental típico. Se bem que embrenhado
em tecnologia, moda, e outros itens 'cool', procura algo mais
para a sua vida e tenta encontrar um paraíso longe de
casa. Encontra uma comunidade 'sui generis' com objectivos mais
ou menos semelhantes, isto é, natureza sim, mas com muitas
pilhas para o meu 'game boy'.
É portanto uma sugestão para férias, partindo
do suposto que as vai ter. Se não for o caso, nem o veja,
que as praias são de sonho. |
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