" 'Welcome
to my house! Enter freely of your own will.' He made no motion
of stepping to meet me, but stood like a statue, as though his
gesture of welcome had fixed him into stone. The instant, however,
that I had stepped over the threshold, he moved impulsively forward,
and holding out his hand grasped mine with a strenght which made
me wince, an effect which was not lessened by the fact that it seemed as cold as ice - more like the hand of
a dead man than a living man. Again he said: - 'Welcome to my house. Come freely.
Go safely; and leave some of the happiness you bring!' "
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p.s. Esta edição anotada é
excelente para quem gosta de saber todos os pormenorzinhos do
que está a ler. Além disso, tem ainda a vantagem
de vir muito bem ilustrada. |
DA ETERNA luta entre o bem e
o mal nasce "Drácula", de Bram Stoker, um livro
sublime que fecundou o imaginário ocidental e vem sendo
perpetuado há mais de um século (foi escrito em
1897) sob as mais diversas roupagens. Capaz de sugerir e inspirar
as mais variadas imagens e sensações, ler este
livro é, mais que uma aventura, uma autêntica "experiência
literária".
A história é construída na primeira pessoa,
através de um mosaico de muitos olhares que se completam
e nos conduzem através de uma trama envolvente e extremamente
bem construída. Ao lermos as páginas dos diversos
diários, sentimo-nos parte de algo real, factual, documentado.
Talvez seja esta forte sugestão a chave do sucesso deste
livro, que injectou na cultura do Ocidente a poderosa imagem
de uma criatura e de um mundo cuja força simbólica
inspira, aliados ao terror, um secreto respeito e admiração.
O vampiro, a figura negra de pele lívida e lábios
vermelhos, por onde espreitam uns dentes afiados e cortantes,
é-nos tão ou mais familiar que os nossos personagens
históricos. E todos os anos, são milhares os turistas
que buscam, nos arredores de Budapeste, o tenebroso castelo de
Drácula e todas as marcas possíveis que provem
a existência do Princípe das Trevas. Para não
falar das centenas de páginas escritas sobre ele, também
em busca dessa prova. E assim se perpetua a história de
um conde que dormia num caixão durante o dia e saía
à noite. Uma criatura demoníaca que bebia sangue
do pescoço das vítimas para conseguir a vida eterna.
Um ser de força incomparável, a que apenas fragilizavam
crucifixos, água benta e alho.
Quando a esta personagem se junta um advogado, a sua esposa,
a amiga dela, o noivo desta, o paciente deste e um professor
versado em ciências ocultas, obtemos uma história
capaz, também ela, de viver eternamente.
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