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COVIFEIRA 2000
Cinco dias, cinco noites

POR CATARINA MOURA

 

GNR, Quinta do Bill e Marcha de Alfama foram os nomes mais sonantes da Covifeira 2000

A 12ª edição da Covifeira - Feira Industrial e Comercial da Covilhã chega ao fim depois de cinco dias, deixando um balanço positivo. De 21 a 25 de Junho, passaram pelo pavilhão da ANIL centenas de pessoas, prestigiando um evento que já se impôs na região como um marco de qualidade e gerador de grandes oportunidades de negócio. Este ano com um calendário mais alargado, o evento dá assim "continuação a uma tradição que anualmente reúne importantes empresas numa mostra económica já indispensável na região", nas palavras do edil covilhanense Carlos Pinto. O cartaz desta edição privilegiou também a cultura e o entretenimento, trazendo nomes bem conhecidos do público português, como é o caso dos GNR e dos Quinta do Bill.

Foram cinco dias e cinco noites de movimento no Pavilhão da Associação Nacional dos Industriais de Lanifícios (ANIL). O espaço foi integralmente ocupado com as empresas, que mais uma vez aproveitaram a oportunidade para divulgar os seus produtos e serviços, sendo esse o grande objectivo do certame. Já na sua 12ª edição, a Covifeira tem vindo a consolidar-se desde 1989. Actualmente, e nas palavras do vice-presidente da ANIL, Vítor Robalo, este evento é uma "montra da vitalidade de diferentes sectores da nossa região".
A inauguração decorreu na quarta-feira, 21, às 15 horas, sem a anunciada presença do ministro da Economia, devido a uma incompatibilidade de agenda. Pina Moura fez-se representar pelo secretário de Estado da Indústria e Energia, Vítor Santos. O dia de abertura contou ainda com a presença do presidente da Câmara Municipal da Covilhã, Carlos Pinto, e de diversas personalidades de relevo do meio empresarial e comercial do concelho.
Por apenas 250 escudos, com desconto de 50 por cento para estudantes e pensionistas, os visitantes puderam usufruir não só da exposição como dos espectáculos, que decorreram no exterior do pavilhão, onde estavam instalados bares e esplanadas com petiscos e os tradicionais frango e sardinha assados.

Falta de espaço

Além das actividades económicas, a Covifeira apresentou desde sempre uma forte componente cultural. O cartaz deste ano abriu com o concerto do Quinteto de Jazz de Lisboa, continuando na quinta-feira com os GNR e na sexta com os Quinta do Bill. No sábado e no domingo, o palco foi ocupado pelas marchas populares e pela apresentação do folclore regional, a encerrar o evento.
A Feira do Livro é outra das componentes qualitativas da Covifeira. Instalada num pequeno pavilhão anexo ao recinto principal, foi uma das áreas mais procuradas pelos visitantes, que ali puderam encontrar uma variedade apreciável de publicações, trazidas pelas cinco livrarias presentes.
Novidade da programação cultural desta edição da Covifeira, as Marchas Populares Cidade da Covilhã "arrastaram" centenas de pessoas para a ANIL na noite de sábado. No desfile participaram diversas colectividades locais, entre as quais o Conservatório Regional de Música, o Grupo Desportivo da Mata, o CCD Leões da Floresta e o CCD Oriental de São Martinho. A iniciativa contou ainda com a participação da Marcha de Alfama, que este ano venceu em Lisboa pela quinta vez consecutiva.
Com os 62 expositores ocupados, a falta de espaço foi o grande senão do evento. A ampliação do pavilhão da ANIL é uma "hipótese em estudo". "Vamos ver o que pode ser feito através do III Quadro Comunitário de Apoio, juntamente com a autarquia", adianta Vítor Robalo. O objectivo era que o espaço evoluisse para ir de encontro a outro tipo de manifestações que não exclusivamente feiras. "Um espaço multiusos seria o ideal". O edil covilhanense Carlos Pinto confirma que o alargamento da ANIL é "uma questão que já está a ser resolvida".

 

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