António
Fidalgo |
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Um passo
de gigante
É um passo de gigante
o passo que a UBI dá dia 13 de Junho de 2000 ao assinar
com o Governo o contrato de desenvolvimento da Faculdade de Ciências
da Saúde. A universidade obtém finalmente os recursos
financeiros indispensáveis à realização
da nova faculdade, que o Governo lhe atribuíra em 1998.
As instituições, tal como as pessoas, conhecem
saltos no seu crescimento. Com 14 anos de vida a UBI dá
um pulo enorme. É um pulo para a robustez e vigor que
um crescimento simplesmente uniforme nunca alcançaria.
Muito mais do que um crescimento quantitativo, ou seja, mais
uma faculdade, mais docentes e mais alunos, maior orçamento,
é de um crescimento qualitativo que se trata, isto é,
de uma mudança que transforma a universidade no seu todo.
É que o estudo da medicina, o ensino e a investigação
das ciências da saúde no seio da universidade, constituirá
inevitavelmente um catalisador para as faculdades já existentes,
Ciências Exactas, Engenharias, Ciências Sociais e
Humanas, Artes e Letras.
A este salto qualitativo há que reagir devidamente. Continuando
na linguagem metafórica, há que comprar novas roupas
e aumentar a mesada. Fala-se do que a Faculdade de Ciências
da Saúde representará para o Interior, para o seu
desenvolvimento, mas as mudanças serão desde logo
a nível interno da própria universidade. Estatutos
e regulamentos terão de ser profundamente revistos e alterados,
incluindo as designações de Unidades Científico-Pedagógicas
para simplesmente Faculdades. Os serviços da universidade,
nomeadamente os académicos, terão também
eles de dar um pulo significativo, no que à qualidade
diz respeito. A rapidez do pulo obrigará a mudanças
rápidas, sob pena de se rasgarem os tecidos que enroupavam
a instituição. A universidade deverá agir
com determinação e coesão a este pulo de
crescimento.
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