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um Filme          



 

 

 

 

 p.s. - para o ano Ridley Scott apresenta-nos a sequela do Silêncio dos Inocentes, 'Hannibal'. Vamos lá a ver o que é que ele faz dali, o livro é ainda melhor que o anterior.

 

O Gladiador

 

 

POR PEDRO HOMERO

 

O realizador Ridley Scott tem um historial cinematográfico muito 'gráfico cardíaco'. Se por um lado tem picos altíssimos com Alien e Blade Runner (ajoelhar e venerar agora, s.f.f), por outro desce ao seu nadir em Legend mas sobretudo em G I Jane (não percebi). Com este Gladiator, mostra que um 'gráfico cardíaco' também tem pontos intermédios. Visualmente estonteante, com aquele feeling de filme antigo que só no CINEMA se pode ter, (esqueça o vídeo), cheio de cenas de batalhas épicas, confrontos de gladiadores violentíssimos e um som surround mesmo envolvente (mas quem estou eu a enganar, na Covilhã só ligam as colunas da frente!), Gladiator tinha tudo para ser um grande filme... mas não é. É certo que a banda sonora é excelente (o Sr. Hans Zimmer e a deusa Lisa Gerrard - ex-Dead can Dance), que o conjunto de actores funciona bem e tal, mas é um pouco académico, trás pouca inovação a um género que o pedia. Aliás as inovações que de facto existem, são a nível da fotografia e da montagem, um pouco a piscar o olho aos vídeoclips em certas passagens, mas que se tornam incoerentes com o filme em si. No entanto, acho que merece bem a pena a visita ao cinema, mais que não seja para vibrar com as cenas emocionantes (apeteceu-me logo rever o Ben-Hur) e para provar a si próprio/a que não há, verdadeiramente e até à data, som surround no Cine-centro - o teste é fácil, se não sentir o som andar à sua volta durante as cenas de batalhas ou de combates entre gladiadores, se lhe parece que o som vem todo lá da frente, como se o filme se passasse numa folha de papel, então é porque andamos de facto não é surround. Búú!
 

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