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Rádio Altitude
Transmissão do
alvará "encalhada"
A Alta Autoridade não
aceita o requerimento do candidato classificado em primeiro lugar.
Este tem 15 dias para corrigir o documento.
A Cooperativa "Jornalistas
Associados" tem quinze dias para "suprir a alegada
irregularidade formal" relativa ao projecto apresentado
na consulta pública para obtenção do alvará
da Rádio Altitude. O prazo é concedido pela Comissão
Liquidatária do Centro Educacional e Recuperador dos Internados
no Sanatório Sousa Martins (CERISSM) que reuniu quinta-feira,
25 de Maio, em Lisboa.
A decisão surge depois de conhecida a posição
da Alta Autoridade para a Comunicação Social (AACS).
Este organismo pronunciou-se negativamente sobre o pedido de
autorização para transmissão do alvará.
A "insuficiência do projecto no capítulo das
instalações", é uma das razões
apontadas pela Alta Autoridade que considera, também,
que está em causa a interpretação de uma
deliberação da própria AACS. Decidiu, por
isso, deferir o requerimento "apresentado pelo candidato
classificado pelo júri" em primeiro lugar na consulta
pública promovida em 1999.
A Comissão Liquidatária resolveu, ainda, conceder
idêntico prazo aos restantes candidatos para, se quiserem,
alterarem a configuração dos seus projectos. Mas
só no que respeita às instalações".
Extinto o tempo determinado, a documentação é
remetida ao júri que analisou os processos candidatados.
A este cabe dizer se, "em face da nova configuração
do capítulo de instalações", há
alterações à sua anterior classificação.
Alta Autoridade tem "última
palavra"
Depois da decisão do júri,
a Comissão Liquidatária do CERISSM pretende, de
novo, solicitar à Alta Autoridade "autorização
para a transmissão do alvará da Rádio Altitude".
Situação que dá a esta entidade a última
decisão sobre a matéria.
A pretensão, segundo o comunicado da Comissão Liquidatária,
foi votada por maioria, com votos contra do representante dos
trabalhadores da Rádio, Gabriel Correia, "por discordar
em absoluto da decisão", e do novo representante
da União das IPSS do Distrito da Guarda, Eduardo Tavares
de Carvalho. Embora em concordância com a decisão,
Tavares de Carvalho diz discordar dos critérios definidos
no início do processo de consulta pública.
De referir ainda que a Comissão deliberou delegar os poderes
necessários à prática da gestão corrente
da Rádio Altitude, "em conjunto e de forma indissociável",
em Gabriel Correia, director do orgão, e Vitor Seabra,
administrador-delegado no Hospital Sousa Martins. Os dois elementos
"contam com o apoio técnico de um gabinete especializado
que será, entretanto, contratado e que procederá,
igualmente, a uma auditoria às contas do CERISSM/Rádio
Altitude".
NC / Urbi et Orbi
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