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Praticantes de Asa Delta e Parapente estudam na UBI
Alunos Voadores

POR DANIELA MALHEIRO

Falar dos requisitos que tornam possível os voos de Asa Delta e Parapente foi o objectivo que levou dois alunos de Engenharia Aeronáutica a realizarem sozinhos mais uma palestra integrada no "Primavera 2000 " daquela licenciatura. Um encontro que apesar de não estar agendado cativou de forma ímpar toda a assistência.

Sérgio Oliveira e Paulo Silva, alunos de Engenharia Aeronáutica da UBI, não deixam o crédito do curso por mãos alheias . Experientes em Asa Delta e Parapente, foram há dias convidados a realizar sozinhos uma palestra sobre "estes dois pequenos aviões sem motor". O resultado foi muito favorável.
A introdução dos dois oradores foi feita, como de resto tem vindo a acontecer, pelo Prof. Jorge Reis Silva, docente do curso. "Vamos hoje iniciar uma nova fase, que é pedir aos alunos a sua colaboração", explicava este. Sérgio Oliveira, como praticante de Asa Delta foi o primeiro a ser apresentado. Paulo Silva, também ele com um grande currículo neste campo, pois pratica Asa Delta, pertence actualmente à Equipa Nacional de Ventos e participou recentemente no Campeonato Mundial de Parapente no Brasil.

Como voar em parapente

Incumbido de falar sobre o parapente, Paulo Silva foi o primeiro orador da tarde e falou sobretudo do historial, da nomenclatura e de materiais. Ficou então esclarecido onde tudo começou: foi a NASA que nos anos 60 desenvolveu os primeiros pára-quedas rectangulares para pôr capsulas espaciais a descer com menos velocidade.
Soube-se ainda que a palavra parapente afinal vem do francês de "emparar a montanha". As várias imagens de computador que foram acompanhando a exposição deram conta de pormenores importantes e foram mostrando imagens de rara beleza. Apesar de "o parapente em Portugal estar ainda na fase inicial", ficou claro que é uma prática acessível a todos desde que cumprido com segurança e formação.

O peso como motor de arranque

A ideia que normalmente se tem da prática de parapente é que "é uma corrida por um precipício abaixo". Paulo Silva encarregou-se de mostrar que não é bem assim, através de vários desenhos onde mostrou que simplesmente é preciso "descolar em terrenos inclinados para usarmos o nosso peso como meio de motorização". O voo foi dos factos que despertou maior curiosidade, por ser todo ele alimentado somente de ar.

O caso da Asa Delta

Ao falar deste caso, Sérgio Oliveira definiu o que é a Asa Delta segundo a Federação Aeronáutica Internacional: "Um planador que pode ser transportado à semelhança de um avião".
Foram também apresentadas diversas imagens onde se viu todo o tipo de asas, os projectos, as evoluções, e o seu funcionamento.
Apesar da prática de parapente ser mais recente, foi a Asa Delta que suscitou mais curiosidade, por ser mais parecida com o avião. Para iniciar a prática da modalidade foi indicado um Curso de Voo em escola oficial reconhecida pela Federação Portuguesa de Voo Livre, ao dispor no Ribatejo e na Madeira.
No final a opinião favorável era generalizada: "Apetece ir andar já a seguir", diziam os participantes.

 

 
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