Caro Prof. Fidalgo:
Venho publicamente manifestar-lhe o meu profundo desagrado pela
afirmação grosseira,descabida e falsa que passo
a transcrever e que retirei do último número do
Urbi et Orbi a propósito de pretensos fantasmas existentes
na Reitoria:
"O segredo que envolve uma história deste género,aliada
ao medo de represálias por parte dos serviços administrativos,impede
alguns funcionários de contarem a sua versão da
história. No entanto,sob anonimato (por motivos óbvios)
alguns destes funcionários afirmam ter testemunhado fenómenos
pouco comuns."
De facto conheço esta história há mais de
quatro anos pela boca das pessoas que dizem tê-la vivido
e que ma contaram sucessivas vezes ao longo deste período.
Nunca as coibi ou impedi sob qualquer forma de revelarem esta
história. Assim, desgosta-me, como responsável
pelos serviços administativos, que alguém faça
publicamente afirmações tão levianas e falsas
como as que acima transcrevi. Desafio os autores do texto a que
me apresentem ou indiquem o funcionário ou funcionários
que pretensamente terei ameaçado de represálias
por quererem revelar esta história.
Com um abraço
amigo
J. E. Correia Pinheiro
Resposta do Director
Sr. Administrador da UBI
Caro Dr. Correia Pinheiro
Li o e-mail que enviou para a
ubi-list, e compreendo as razões do seu
desagrado. Reconheço que o texto não deveria ter
sido publicado naquela
forma, e por isso peço desculpa enquanto director do jornal
on-line e,
portanto, como responsável último pela edição
e publicação dos textos.
Permita-me considerar, no entanto, que o erro não é
tão grave como o Sr.
Administrador o apresenta. É que não há
no texto uma relação de implicação:
pelo facto de os funcionários não quererem dar
a cara, temendo parecer
ridículos, o que é perfeitamente natural, ou, como
disseram, "represálias",
isso não significa, nem pode ser extrapolado a partir
do texto, que alguma
vez tenham recebido ameaças, ou pressões, ou o
que quer que fosse nesse
sentido por parte dos serviços administrativos da UBI;
nem muito menos que,
não recorrendo ao anonimato, viessem a sofrê-las.
Significa apenas que,
quando falaram com os alunos que trabalham no Urbi et Orbi, disseram
temer
vir a sofrê-las - que é exactamente o que está
no texto. As afirmações e a
credibilidade das afirmações têm exactamente
o valor de quem as profere, e
por isso parece-me que se deve, antes de mais, remeter o assunto
às devidas
proporções e não lhe dar demasiada importância.
Penso que é também fundamental que todos compreendam
que o trecho em causa
não foi produzido com nenhuma intenção especial:
trata-se, tão somente, da
reprodução de declarações que foram
efectivamente produzidas; e deve-se,
exclusivamente, à inexperiência dos jovens que trabalham
no Urbi et Orbi.
Jornalisticamente, o tratamento dado a tais afirmações
deveria ter sido
"desejaram manter o anonimato", ponto final, pois não
se perderia
absolutamente nada da riqueza da informação, e
ninguém se sentiria atingido.
Por fim, gostaria de acrescentar que a melhor forma de ganhar
experiência é
experimentando, que é o papel que o Urbi et Orbi desempenha
junto dos nossos
alunos. Os erros involuntários são também
uma parte do processo de
aprendizagem. Julgo que os alunos que escreveram o texto e os
seus colegas
nunca mais durante o seu futuro profissional cometerão
erros semelhantes, e
creio que esse é o único aspecto positivo que poderemos
retirar daqui.
Com os melhores cumprimentos
e a estima de sempre
António Fidalgo
Este é o testemunho que uma colega
fez chegar ao Urbi como alerta para que situações
como a retratada não voltem a acontecer.
Covilhã, cidade que todos
conhecemos como terra pacata e ao mesmo tempo como cenário
da vida universitária, recheada de folia.
São 2 da manhã de Terça-feira, Dia do Estudante,
e todos se reúnem para celebrar alguma coisa. Será
preciso um motivo?
Nesta noite, igual a tantas outras, dirijo-me para casa sozinha
quando me apercebo que estou a ser seguida por um indivíduo.
Tento correr até casa, em desespero. Sou alcançada
pelo indivíduo que tenta, à força, ter relações
sexuais comigo. Durante uma eternidade luto, resisto, grito por
socorro na esperança que alguém apareça
para me salvar. Não sei se por sorte ou por milagre, aparece
um grupo de estudantes que imediatamente me dá protecção
e chama a polícia.
Quando dou entrada na PSP ele está lá dentro, extremamente
descontraído, de casaco no ombro, como se estivesse a
beber um copo, na conversa com os guardas. Durante todo o tempo
que estou a depor, por estranho que possa parecer, separa-me
do indivíduo uma distância de 3 ou 4 metros.
No estado de pânico em que me encontro, bem como os colegas
que me acompanham, confusos, não conseguimos raciocinar
ou discernir o que fazer. Mas não somos nós que
temos de pensar. Ficou alguma coisa por fazer... não fui
conduzida ao Hospital... não me perguntaram se tinha pais
a quem quisesse telefonar... sabiam que eu era aluna da Universidade
da Beira Interior.
Ainda na esquadra, estou a assinar o "Auto de Notícia"
com as testemunhas quando vemos, indignados, o indivíduo
que me tentou violar sair ileso, em liberdade para circular novamente
pelas ruas da cidade... nem sequer prestou declarações,
apenas foi identificado e mandado embora.
Posteriormente sou conduzida até casa no carro da PSP.
Em pânico, deparo com o indivíduo à porta
do meu prédio. Procedimento dos polícias de segurança
pública: "O que é que estás aí
a fazer? Vai para casa, pá!", simplesmente.
Finalmente chego a casa e sinto-me mais segura. Não quero
nem consigo pensar, não sei como vai ser amanhã,
não sei se consigo viver neste prédio ou nesta
cidade, onde ele pode voltar a qualquer momento.
A comunidade estudantil que dá forma à universidade
é, em grande maioria, de fora da cidade. Não estamos
na Covilhã apenas para estudar mas para viver, e temos
de aprender a viver sozinhos. É esta a cidade que nos
acolhe, a princípio hospedeira. Damos-lhe vida e ela responde-nos
tantas vezes com olhares de reprovação, como se
fossemos indesejados ou indispensáveis. A cidade do interior,
aparentemente pacata e segura, não é uma realidade.
Espero algo mais dela: apoio e segurança. Não me
devem ser vedados apenas porque desconheço a dinâmica
inerente à cidade, as cunhas, as pessoas influentes necessárias
para que me tratem convenientemente. A mim ou a qualquer um dos
alunos da UBI.
Colega identificada |
Bom dia,
Estou a escrever do Canadá,
tenho vindo a acompanhar as vossas
notícias: gosto de ler os artigos escritos por José
Geraldes e não só, tenho
vindo a acompanhar a benção das pastas, que foram
entregues à capelania da
universidade, da qual é capelão o rev. pe. Luciano,
o qual tive o prazer de
conhecer aqui no Canadá, pelas celebrações
das festas em honra de N. S. de
Fátima, na Comunidade Portuguesa de Edmonton.
Quero tambem felicitar a jornalista
Filipa Costa pelo excelente
trabalho que desenvolveu pela benção das pastas.
Muito bem, continue...
Felicidades para a universidade,
estudantes e professores.
Gloria Rita
Edmonton,
Canadá
Caríssimos amigos,
O prazer de estar a ter acesso a aspectos relevantes da vida
da nossa UBI, e o agrado pelo resultado positivo do esforço
desenvolvido dinamizam, só por si, a colaboração
e a integração das iniciativas que continuamos
a desenvolver no âmbito das disciplinas de Latim e de História
da Cultura Clássica.
é neste espírito que damos informação
da preparação de uma visita de estudo que será
dinamizada muito brevemente à estação arqueológica
recém encontrada na área envolvente de Belmonte,
bem como a possível inclusão de um incursão
pelos espaços outrora ocupados pela Ordem de S. Antão,
também junto de Belmonte.
O convento a visitar desempenhou papel importante nos primórdios
da nacionalidade portuguesa.
Acompanhará o desenvolvimento da visita o Vereador da
Cultura de Belmonte, Dr. Manuel Marques.
Há uma comissão de alunos do curso de Língua
e Cultura Portuguesas que ouvirão os interessados e que
estarão atentos a outras sugestões para visitas
a espaços de herança romana de reconhecida importância.
A data e programa pormenorizados serão apresentados neste
jornal em tempo útil.
A. J. Silva |