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Marcadas para 17 e 24 de Junho, na Covilhã
Marchas populares
movimentam colectividades

POR ANTÓNIO VERÍSSIMO

Centenas de moradores dos diferentes concelhos da Covilhã continuam a deslocar-se todos os fins de semana e segundas-feiras a vários recintos culturais da cidade. O objectivo é participar ou assistir aos ensaios dos grupos (sete seniores e cinco juniores) que vão estar presentes na 12ª edição das Marchas Populares Cidade da Covilhã, a realizar nos dias 17 e 24 de Junho no Estádio Municipal Santos Pinto e nalgumas artérias locais.
No terreno estão a trabalhar todas as colectividades locais, cada uma dando o seu máximo para que no dia do espectáculo a exibição seja um sucesso que agrade ao público e ao júri. Apesar de nalguns grupos os preparativos já irem avançados, noutros nota-se ainda uma certa lentidão.
O Clube Cultural e Desportivo Oriental de São Martinho (CCDOSM) é um dos grupos participantes que está um pouco atrasado tanto nas confecções das fardas como no enfeite dos arcos. Segundo o secretário e coordenador deste grupo, Francisco Mota, os trabalhos só começaram no mês de Fevereiro. Porém, está convicto que na data indicada tudo estará pronto e em óptimas condições para concorrer com as outras associações e tentar arrebatar uma boa qualificação. "Nós vamos à marcha com intenção de divulgar o nome do C.C.D. Oriental de São Martinho e dar o nosso contributo a este evento que já passa a fazer parte da cultura da Covilhã", sublinha Francisco Mota.
Para este dirigente o subsídio (de 750 contos) atribuído aos participantes das marchas é muito pouco, tendo em conta as despesas que os grupos fazem. O coordenador das marchas do Oriental de São Martinho, espera um bom espectáculo, um júri de qualidade e no fim uma grande festa de camaradagem e amizade entre os participantes.

"Leões da Floresta"
só pensa em vitória

Os Leões da Floresta, vencedores das últimas três edições das Marchas Cidade da Covilhã, estão preparados para conseguir o seu quarto título, disse o presidente deste grupo, Jorge Minas. Os preparativos andam num bom ritmo e tudo leva a crer que o clube vai estar no seu melhor, nos dias 17 e 24 do próximo mês. Nos corredores do clube "leonino" só se fala na vitória, pois o orgulho dos sócios é ganhar todos os anos.
Os dirigentes dos Leões da Floresta também criticam a verba dispensada aos grupos pela comissão organizadora das festas. "O que se dá em pouco compensa o nosso orçamento gasto na participação", expôs um dos responsáveis dos Leões.
O presidente do Grupo Desportivo da Mata, Paulo Rosa, classifica as marchas como uma forma de pôr as colectividades a trabalhar a componente cultural. Ao comentar as críticas feitas pelos seus colegas de outros clubes, relativamente aos subsídios, Paulo Rosa realçou que: "A nossa marcha tem qualidade e não gastamos tanto". Aproveitou para lembrar aos participantes que há cerca de cinco anos eram apenas 100 contos o valor estipulado para cada grupo, e este ano é de 750 contos.
A aposta da organização é trazer aqui como convidado o Grupo de Marcha Alfama de Lisboa. É um grupo que fez história nas marchas da capital portuguesa, e prova disso é a sua invencibilidade nos últimos quatros anos.
Recorde-se que as Marchas Cidade da Covilhã são organizadas pelo Grupo Desportivo da Mata e pela Câmara Municipal.

 

 
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