Urbi et Orbi- Que percurso
o trouxe à actividade associativa académica?
JJ- Em Proença-a-Nova há uma
cultura associativa que nasce com as pessoas e ajuda o desenvolvimento
da região. O desenvolvimento cultural e desportivo passa
pelos jovens e pelas associações da terra. É
daí que vem a minha experiência associativa, fui
três anos presidente associação de estudantes
da Escola C+S de Proença-a-Nova , faço parte da
direcção do Núcleo de Juventude de Proença-a-Nova,
sou presidente da Magna Academia da Pinha, que é uma associação
que engloba estudantes universitários naturais da minha
terra. Quando vim para a UBI fui tesoureiro do Núcleo
de Estudantes de Física Aplicada e estive o ano passado
na direcção da AAUBI na Secção Financeira.
E aqui estou a candidatar-me à presidência da Associação
Académica.
U et O- Como diagnostica a
UBI, a AAUBI e a cidade da Covilhã?
JJ- É
um diagnóstico de saúde para os três, não
acredito que se algum ficar doente os outros dois continuem de
boa saúde. São indissociáveis. Há
uma certa cumplicidade entre eles.
U et O- Quais os principais
projectos da vossa lista?
JJ- Há projectos novos mas que assentam sempre
na linha da continuidade. A continuação do actual
projecto para a AAUBI é importante, mas com outro embrulho,
com novas caras e, claro está, com outra visão
das coisas. Há certos projectos que ainda não estão
estruturados mas há um com um certo alinhamento que é
o Festival de Música Moderna, contamos que será
em Março. Este Festival terá que ter o mesmo tratamento
que tem a Semana Académica ou a Recepção
ao Caloiro, na divulgação e dinamização
da cidade para acolher a iniciativa, com um espaço próprio.
No Desporto vamos continuar a evoluir para o desporto de manutenção
e dar mais competitividade às modalidades que temos ,
para trazer mais troféus à Academia. Em termos
pedagógicos vamos continuar o trabalho já desenvolvido
e institucionalizar o "SAPO", Secretariado de Apoio
Pedagógico ao Estudante, que funcionará no espaço
da Associação no Pólo I e Pólo IV,
com um horário fixo e com pessoas que ajudarão
e indicar soluções para dúvidas que surgem
ao aluno. Queremos também criar um Conselho Pedagógico
que juntasse os alunos eleitos dos vários órgãos
da Universidade para que todos, sem definir linhas de pensamento,
chegássemos a um consenso e, com mais força, defendêssemos
as posições e soluções para a resolução
dos problemas.
U et O- Como se insere na
vossa estratégia a criação de quadros profissionais
dentro da AAUBI?
JJ- Os quadros profissionais são muito importantes
porque a Associação está feita para e à
imagem dos estudantes, mas o volume e a importância que
tem hoje exigem dos alunos que estão à frente dos
destinos da Associação uma dedicação
muito, e para a estrutura funcionar e facilitando as trocas de
pasta é necessário que haja uma base de trabalho
que se mantenha. Um Animador Cultural e um Técnico de
Contas, para nos ajudar na implementação do Plano
de Contabilidade Organizada, são uma ajuda fundamental
em todos os campos administrativos. Será uma libertação
para a AAUBI evoluir para outras áreas com mais perfeição
e qualidade. Não temos estrutura financeira para isso,
mas espero que durante este mandato tenhamos essas duas pessoas
a trabalhar connosco.
U et O- Que projectos vão
manter?
JJ- Vamos apostar muito na Secção
da Divulgação, queremos a participação
das pessoas. Temos que acabar o mandato sem que nos pese na consciência
a falta de participação, para isso vamos fazer
tudo para atrair a atenção e a adesão dos
estudantes. Faremos tudo para que esta apatia, que eu não
acredito que exista, seja contornada. O nosso esforço
nesta campanha está a ser exaustivo, gostávamos
de passar a barreira dos mil votos. Será complicado. Cada
voto é para nós uma percentagem de confiança,
daí nascerá uma enorme vontade de trabalhar.
U et O- De que forma podem
a AAUBI e a cidade interagir para progredir em conjunto?
JJ- Da forma mais saudável possível.
Só têm tendência a crescer. O crescimento
da cidade é visível, não só em construção
civil, mas também em cultura, desporto, estruturas e a
própria mentalidade dos lanifícios. A cidade já
se virou para uma cultura de academia, e a Associação
tem sido um motor dessa viragem. O trabalho na dinamização
da Sede vem no sentido de trazer a cidade até ela. Não
queremos que seja uma Sede, nem uma Recepção ao
Caloiro, nem uma Semana Académica exclusivamente dos estudantes.
Queremos que sejam eventos académicos que envolvam a cidade,
a cidade em festa.
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