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Portugal XXI
Neste painel, o objectivo
foi equacionar o futuro e perspectivar a realidade das ciências
económicas. Antes de iniciar-se o debate, foi escolhido
o destino do VI Congresso no próximo ano. Contando com
a presença de Simões Lopes, Bastonário da
Ordem dos Economistas e de Acácio Catarino, representante
do ministro do trabalho e da solidariedade, esta foi a palestra
com maior participação.
Segundo Simões Lopes,
" este é o século em que devemos ter a ambição
de solucionar tudo aquilo que até agora não foi
resolvido. Porém, é necessário agir depressa,
pois estamos num contexto em que a velocidade da mudança
é enorme".
Neste sentido, os cursos devem ser estruturados de forma a que
consigam dar uma base sólida para confrontar as mudanças.
"Lá lá vai o tempo em que se arranjava um
emprego para toda a vida; e hoje embora se arranje, as mutações
obrigam a ter uma capacidade de resposta permanente".
É isto que acontece no ensino e em todos os outros campos
da vida humana.
Assim, Simões Lopes refere algumas soluções:
" Em primeiro lugar, é necessário que se definam
bem os objectivos pretendidos, objectivos esses que devem ir
de encontro às necessidades. É fundamental, também,
que se entenda a economia como uma ciência social, que
está ao serviço das pessoas, onde elas estão.
Precisamos de crescer, mas tem de ser um crescimento que responda
às necessidades de desenvolvimento e não um desenvolvimento
qualquer".
Estas soluções apontadas, entre outras, reflectem
o mundo em que vivemos, " um mundo com um quadro de cada
vez maior abertura, cada vez mais competitivo. Temos necessidade
de uma permanente actualização".
Segundo Acácio Catarino, "ambas as ciências
económicas têm uma estreita relação
com o emprego e com o mundo do trabalho. Por conseguinte, exige-se
uma maior apetência e uma melhor preparação
aos futuros jovens licenciados nestas áreas".
União é essencial
Quanto à criação
de associações para os cursos de Economia e Gestão,
Simões Lopes defende que "estas duas ciências
não podem ser separadas. A Ordem dos Economistas engloba
economistas e gestores, basta que preencham os requisitos necessários
para tal. Mais do que as diferenças, há que atentar
às semelhanças que existem entre os dois cursos
".
Segundo Sandro Sousa, presidente da Comissão executiva
do Congresso, " a opinião do Bastonário foi
de encontro àquilo a que eu penso ser a opinião
maioritariamente existente. Os dois cursos são muito parecidos,
embora com especificações diferentes. Existe uma
base comum e é essa base que tem de ser reforçada.
Mais do que diferenças, existem muitos pontos convergentes".
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