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Gabinete de Estudos de Opinião
da UBI estreia esta semana
Sondar o Interior
Sabe o que pensam os covilhanenses
do PCP, ou do CDS? E os beirões dos têxteis produzidos
na Cova da Beira? Ou os egitanienses dos jornais regionais de
que dispõem? É claro que não. Mas desta
semana em diante estes e outros mistérios poderão
ficar de vez resolvidos. A UBI inaugura o seu Gabinete de Estudos
de Opinião, que se propõe fazer sondagens a pedido,
prestando serviços à comunidade e constituindo
um laboratório fundamental para experimentação
e formação dos alunos que ali estudam.
É já esta semana
que o Gabinete de Estudos de Opinião do Centro de Estudos
Sociais da UBI inicia as suas actividades, com a realização
de um estudo de opinião destinado a apurar a tendência
de voto da população de uma cidade da Beira Interior
para as próximas eleições autárquicas.
O recém-criado Gabinete de Estudos de Opinião,
que é dirigido por António Fidalgo, e coordenado
pelos sociólogos João Leitão e Nuno Jerónimo,
tem como principal objectivo fornecer aos estudantes "uma
primeira experiência do mercado de trabalho, contribuindo
para a sua formação como profissionais que futuramente
integrarão empresas nacionais a laborar nesta área",
explica João Leitão.
Vocacionado para a realização de estudos de mercado
e sondagens, o Gabinete desenvolve as suas actividades em dois
sectores fundamentais: por um lado, a auscultação
das tendências de voto na região da Beira Interior,
um mercado apetecido e que costuma entrar em eferverscência
quando se aproximam actos eleitorais; por outro, a realização
de estudos para empresas que desejem sondar o mercado de potenciais
clientes.
A realização das sondagens e o tratamento dos dados
ficarão a cargo dos alunos que vão trabalhar no
Gabinete, entretanto já recrutados, enquanto o controle
científico do trabalho produzido pertence aos docentes
de sociologia envolvidos no projecto.
Para além desta vertente de prestação de
serviços remunerados à comunidade, dos quais "resultará
também uma fonte de rendimentos para os alunos",
o Gabinete de Estudos de Opinião poderá igualmente
prestar apoio a actividades desenvolvidas no seio da Universidade
da Beira Interior, caso dos múltiplos projectos em que
estão envolvidos departamentos da UBI, ou mesmo apoio
à realização de dissertações
de Mestrado e Doutoramento que incluam realização
de entrevistas, inquéritos, e tratamento estatístico
dos dados apurados.
João Leitão defende que os serviços prestados
à UBI "não terão necessariamente de
ser rentáveis, já que o gabinete, mais do que uma
fonte de rendimento, é um instrumento de formação",
mas aqueles que serão prestados à comunidade envolvente
"serão orientados preferencialmente para esse fim".
Entretanto o primeiro trabalho do Gabinete começa agora
a tomar forma. Trata-se da realização de uma sondagem
sobre as intenções de voto da população
de uma cidade da Beira Interior, que envolve inquéritos
telefónicos a uma amostra de 500 pessoas.
"O potencial de crescimento do Gabinete é enorme",
diz João Leitão, mas "depende também
das solicitações que nos forem chegando por parte
da comunidade" e do próprio empenhamento dos alunos
envolvidos no projecto. Apostar na divulgação do
trabalho produzido, e promover a celebração de
novos contratos de prestação de serviços
são pois as próximas metas de todos quantos estão
envolvidos no projecto.
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