Eleições a 23
de Maio
Direcção
da AAUBI presta contas
POR RAQUEL FRAGATA
A última Assembleia
Geral de Alunos (AGA) ordinária do presente ano lectivo
realizou-se no passado dia 3 de maio. Da ordem de trabalhos fez
parte a marcação do Calendário Eleitoral
para o próximo ano, um acto a realizar entre 12 e 30 de
Maio. A direcção da AAUBI fez também uma
apresentação exaustiva das contas do último
mandato através do Plano de Contabilidade Organizada.
Pela primeira vez a Associação Académica
torna-se pessoa colectável com declaração
de IRS e pagamento de IVA. Uma viragem para a clareza e legalidade
da instituição.
Na AGA da passada quarta-feira
foi apresentado e votado o Relatório de Contas da Associação
Académica da Universidade da Beira Interior referente
ao mandato 99/2000. O documento foi aprovado por unanimidade
entre um quorum de cerca de 30 alunos, no universo de mais de
quatro mil alunos que constituem a Academia.
A principal novidade é a instituição, desde
Janeiro de 2000, pela direcção da AAUBI, de um
Plano Oficial de Contabilidade (POC). Esta medida visa ultrapassar
"uma gestão financeira que não se adequa aos
montantes que a AAUBI movimenta - cerca de 100.000 contos anualmente".
Pela primeira vez na história da Academia, "através
de uma rigorosa demonstração de resultados e balanço
de perdas e ganhos será possível para as futuras
direcções a continuação de um trabalho
rigoroso, transparente e exaustivo" iniciado pela actual
direcção, defendem.
O Conselho Fiscal da AAUBI apresentou, na presença de
um contabilista, as contas do último mandato, de 1 de
Abril de 1999 a 31 de Março de 2000. "A 1 de Junho
de 98 a AAUBI tinha uma dívida de 21.965 contos, dois
anos depois esse passivo baixou para 12.587 contos", referiu
Pedro Albuquerque, presidente do Conselho Fiscal.
Com o POC estão instauradas as regras para regulamentar
a administração interna que reflecte todos os procedimentos
efectuados pela AAUBI e núcleos de estudantes da UBI.
Neste momento, de acordo com dados até 31 de Março
de 2000, a AAUBI apresenta um total de passivo (dívidas)
de 9.608 contos, e 27.481 contos de capital próprio.
As despesas efectuadas no actual mandato somam um total de 15.253
contos, dos quais já foram pagos 12.157 contos. Os restantes
3.095 contos serão liquidados até às eleições
de 23 de Maio. Face às dívidas de anteriores mandatos,
dos 13.134 contos, foram pagos 3.643 contos, ficando ainda por
pagar 9.491 contos.
A luta continua...
Vasco Cardoso voltou a referir
a oposição dos alunos a várias situações
que afectam a vida estudantil, nomeadamente "em relação
ao regime de prescrições, à situação
do estudante elegível, à política educativa
do Governo, ao mau funcionamento do Conselho de Acção
Social e dos Serviços Académicos da UBI".
A Semana Nacional de Luta, que decorreu entre 3 e 7 de Abril
deste ano, foi uma das formas de protesto a que a UBI aderiu
e representou "um intenso trabalho ao nível da luta
política".
Vasco Cardoso garante que as lutas pela melhoria da qualidade
do ensino superior irão continuar. Nomeadamente através
da reflexão por parte de todos os envolvidos na vida académica
e na continuação do Fórum Pedagógico,
que se realizou nos dias 14, 15 e 16 de Dezembro, onde foram
debatidos os aspectos mais preocupantes da UBI, com um segundo
momento de reflexão onde questões gerais que afectam
todas as universidades portuguesas irão ser apreciados.
Quanto a funcionamento de serviços internos, como os Serviços
Académicos, Vasco Cardoso congratulou-se a acção
dos alunos da UBI pelas exigências feitas "às
quais se deve a evolução positiva que hoje se regista".
A última luta em que a AAUBI se envolveu foi na questão
dos aumentos da refeições nas cantinas universitárias,
dos actuais 290$00 para 300$00 a partir de 1 de Maio. "O
Conselho de Acção Social (CAS) queria outros aumentos
para além da alimentação. A posição
da AAUBI foi peremptória e ameaçamos entrar em
greve".
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