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Caso Aquaparque motiva decisão
histórica
Pais vencem Estado em
Tribunal
A decisão é histórica
e pode custar cerca de 300 mil contos aos Estado. O Tribunal
Cível de Lisboa deu como provados os 132 quesitos que
responsabilizam o Estado pelo acidente que, em 1993, vitimou
mortalmente três crianças no Aquaparque. Os pais
de uma das crianças, Frederico Duarte, moveram a acusação,
responsabilizando o Estado por não ter leis aplicáveis
à situação.
A juíza responsável pelo julgamento rejeitou o
único quesito apresentado pela defesa, no qual o Estado
recusava a relação entre a falta de legislação
e as mortes ocorridas. É que na altura do acidente a legislação
em vigor remontava a 1959 e não contemplava as especificidades
dos parques aquáticos, que só chegaram a Portugal
na década de 80.
Esta condenação por ausência de legislação,
que pode implicar uma sentença com uma indemnização
de cerca de 300 mil contos por perdas morais e patrimoniais,
é apenas o primeiro dos processos movidos pelos pais do
Frederico. Um outro é um processo-crime contra a administração
do Aquaparque, que foi arquivado por ter prescrito em Dezembro
de 99. No entanto, o casal não desiste e manifesta-se
disposto a prosseguir com a sua luta, que já se prolonga
há cerca de seis anos.
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