Greve no Parque Arqueológico
do Côa a 29 e 30 de Abril
Por um emprego com direitos
"Por
um emprego com direitos" é a palavra de ordem dos
trabalhadores do Parque Arqueológico do Vale do Côa
(PAVC), que anunciaram greve para os próximos dias 29
e 30 de Abril. Em causa está a insegurança provocada
pelas contratações a prazo.
A paralisação foi
convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Função
Pública e pretende alertar os responsáveis pelo
PAVC para o direito que guias, intérpretes, motoristas,
administrativos e técnicos do Parque têm a um emprego
estável e de qualidade.
O Sindicato alega que o Ministério da Cultura, através
do Instituto Português de Arqueologia (IPA), celebrou diversos
contratos a termo certo em 1997, invocando então o "desenvolvimento
de projectos" que não estavam "inseridos nas
actividades normais dos serviços". Três anos
depois, os assalariados em causa mantêm-se ao serviço
nessas mesmas condições. Por outro lado, o Sindicato
revela que, 11 meses após a aprovação do
quadro de pessoal do PAVC, não só os trabalhadores
contratados continuam a prestar serviço, como existem
outros a "recibo verde e à hora".
A agência noticiosa Lusa teve acesso a um ofício
enviado pelo director do IPA, João Zilhão, ao Sindicato
dos Trabalhadores da Função Pública da Zona
Centro. Nesse documento, Zilhão afirma não vislumbrar
"a existência de qualquer situação de
conflito entre trabalhadores e entidade patronal que justifique
a convocatória da greve anunciada". Por outro lado,
o director do IPA considera esta greve prejudicial para o bom
funcionamento do Parque e para o público que já
tenha visitas marcadas, e que será impedido de o visitar.
Um prejuízo que, na sua opinião, afectará
sobretudo a "imagem do Parque e dos seus trabalhadores".
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