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Estratégia pós-cheias
passa por doações internacionais
Moçambique pede
ajuda
em Roma
As cheias e o Eline
deixaram Moçambique um país destroçado,
que apela agora à comunidade internacional para se reerguer.
Os 427 milhões de dólares americanos que o governo
moçambicano vai pedir em Roma, na conferência internacional
de doadores que decorrerá a 3 e 4 de maio, vão
certamente ajudar, mas são muitos os que acreditam que
esse dinheiro não é nem metade do que Moçambique
necessita realmente para se reerguer.
Segundo o "Programa de Reconstrução Pós-Emergência",
que concebe a estratégia pós-cheias, os 427 milhões
que Moçambique vai pedir destinam-se a três grandes
áreas de intervenção: reconstrução
de infra-estruturas, melhoria da capacidade para enfrentar futuras
calamidades, e apoio aos sectores privado e familiar. Isto implica
não só delinear quais as medidas a ser tomadas
imediatamente e a médio e longo prazo, mas também
significa uma oportunidade única para repensar o desenvolvimento
de certas áreas do país. O dinheiro pedido será
aplicado na agricultura, na pecuária, nos transportes
e comunicações, na construção de
estradas e pontes, e na saúde. Todas elas áreas
fundamentais.
As principais preocupações do governo moçambicano
neste momento vão para a agricultura e para as pequenas
e médias empresas, das quais centenas foram completamente
arrasadas, colocando em perigo o emprego de milhares de trabalhadores
e podendo provocar um sério retrocesso na economia do
país.
O dinheiro que Moçambique conseguir em Roma será
doado e não emprestado. A sua gestão será
depois feita em conjunto com a comunidade local e entidades da
sociedade civil moçambicana. O objectivo é não
só rentabilizar esse dinheiro mas também impedir
que o mesmo seja roubado.
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