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José Mário Branco
"Ao Vivo em 1997"
POR RAQUEL FRAGATA


É resultante de três concertos ao vivo em Junho de 1997, no Coliseu do Porto, no Teatro da Trindade em Lisboa e no Teatro Gil Vicente em Coimbra.
José Mário Branco cantou e recordou alguns dos seus melhores temas: "Eh companheiro", "Elogio da corporação", "De pé (saudação a Antero)", "Capotes pretos, capotes brancos" e o cortante "Queixa das almas jovens censuradas", entre muitas outras da 23 canções que compõem este duplo álbum, editado pela EMI - Valentim de Carvalho.
José Mário Branco canta desde Maio de 1968, na altura exilado em Paris. Cantou a revolução para os cerca de 80 mil desertores que como ele se recusaram a pegar em armas na Guerra Colonial. Foi denunciado à PIDE pela sua ligação ao Partido Comunista Português, para o qual entrou em 61. Regressou a Portugal no dia 30 de Abril de 74, no primeiro voo de exilados de Paris. Sempre esteve ligado à intervenção mais do que à política. Na política, diz o próprio, "dá barraca". Prefere intervir nas consciências.
Aprendeu música. Tocou e compôs com Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira e Sérgio Godinho. Natália Correia escreveu com ele poemas para as suas músicas. Um dos discos essenciais da Canção de Intervenção.

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