As ribeiras da Covilhã
Parece que finalmente as ribeiras
da Covilhã, a da Goldra e a da Carpinteira, vão
ser despoluídas. Caso para dizer que mais vale tarde do
que nunca. Já há muito com efeito que a despoluição
das ribeiras-mães da Covilhã era uma necessidade
fundamental na requalificação urbana da cidade.
Com a concentração dos principais pólos
da UBI ao longo das duas ribeiras, a despoluição
era uma urgência da cidade. A situação mais
gritante era a do troço da Ribeira da Goldra junto à
ponte do Rato, entre o edifício das Matemáticas
e o da Química. Uma zona que poderia ser agradável,
fadada a ser um espaço com um açude, maravilhosa,
era, e ainda é, uma área em que o leito da ribeira
é um vazadouro de lixo e de toda a espécie de resíduos.
Agora, com o programa Pólis, tudo vai ser diferente. A
assinatura do contrato programa entre o ministro José
Sócrates e o presidente da autarquia Carlos Pinto, eles
os dois covilhanenses, representa um ponto de viragem extremamente
significativo no futuro da cidade e na preservação
da sua identidade. A Covilhã industrial nasceu das duas
ribeiras, e a Covilhã actual e do futuro continua a precisar
delas. Basta imaginar o que serão as zonas de jardim e
o parque da cidade, que ainda falta, ao longo das ribeiras, com
a água a correr durante todo o ano. Que outra cidade da
Beira Interior poderá beneficiar de semelhantes recursos
naturais? As ribeiras farão a diferença de carácter.
Com parques, zonas verdes, água corrente todo o ano, a
Covilhã obterá uma qualidade de vida ímpar
e única. Haja esperança que é desta vez
que a Covilhã ganhará de novo as suas ribeiras.
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