A Formação do Engenheiro
Moderno
Adão da Fonseca, professor
na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e presidente
do Conselho Europeu de Engenheiros Civis, foi quem dirigiu esta
palestra. "A formação do engenheiro civil
no século XXI para uma formação mais rigorosa
e completa", foi o tema escolhido pelo orador. Assim, começou
por enumerar as três componentes fundamentais na formação
de um engenheiro que são a académica, a inserção
profissional e a formação contínua. Segundo
Adão da Fonseca, "se não existirem as três,
não teremos um engenheiro completo".
O segundo ponto debatido foi o estágio que, para o professor,
"deveria evoluir para um período mais longo de maturação
profissional supervisionada e orientada", e só apenas
nestas condições, diz ele " é que se
é engenheiro de pleno direito e plenas responsabilidades".
Depois referiu a Ordem dos Engenheiros na questão da acreditação
dos cursos e do reconhecimento da qualidade dos engenheiros civis,
mas salientou que "a Ordem quer não só reconhecer
esses factos, mas também desejar que tal reconhecimento
seja útil à sociedade". Assim, "o sonho
será que todos os engenheiros civis sejam profissionais,
competentes e responsáveis", defendeu.
Para finalizar, falou sobre o panorama internacional da Engenharia
Civil e sobre o código deontológico nas vertentes
de responsabilidade e qualidade de um engenheiro. Como princípio
deontológico fundamental, Adão da Fonseca referiu
o de um profissional não dever assumir responsabilidade
pelo trabalho exercido por outro profissional que, sendo já
engenheiro de plena responsabilidade, não pode enjeitar
essa mesma responsabilidade. No final deixou um recado aos futuros
engenheiros civis da UBI e a todos em geral, "uma das exigências
importantes quando um engenheiro atinge a maturidade, em relação
a si próprio, é reconhecer os limites próprios,
desenvolvendo a sua actividade exclusivamente nas áreas
em que se sente habilitado".
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