Do Neolítico à
Idade do Bronze e do Ferro
Gravuras rupestres nas
encostas
das ribeiras de Alvoco e Piódão
Círculos ou curvas irregulares,
designadas pelos arqueólogos de meandriformes, serpentiformes
e ideliformes, e algumas figuras antropomórficas, ou seja,
figuras que representam corpos humanos, foram descobertas em
Carvalhinhos e em Ferraduras, numa das encostas sobre as ribeiras
de Alvoco e Piódão.
Essas gravuras remontam ao Neolítico Antigo, à
Idade do Bronze e à Idade do Ferro, mas os arqueólogos
estão confiantes da existência de gravuras ainda
mais antigas, talvez do Paleolítico.
Estas descobertas foram feitas na sequência de um trabalho
de investigação que envolve as autarquias de Góis,
Pampilhosa da Serra e Arganil. Trata-se do "Estudo Arqueológico
do Rui Ceira", a cargo da Associação Portuguesa
de Investigação Arqueológica (APIA), que
foi alargado ao rio Alva e afluentes. Descobertas que confirmam
a existência de povoamentos bastante antigos daquelas zonas.
Os arqueólogos responsáveis pelos estudos da APIA
estimam que haja quase 10 sítios de arte rupestre na Bacia
Hidrográfica do Mondego. Para além das ribeiras
do Alvoco e Piódão, há a possibilidade de
também existirem vestígios rupestres em Pampilhosa
da Serra, Góis e Arganil.
O presidente da Junta de Freguesia de Vide e os arqueólogos
reclamam o apoio da autarquia e do Ministério da Cultura,
dado que a Junta pensa ali construir um Centro de Arte Rupestre.
NC / Urbi et Orbi
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