. |
 |
. |
Governo reduz defeso das albufeiras
alentejanas
Pela seca morre o peixe
A ausência da chuva está a reflectir-se negativamente
também no armazenamento das albufeiras alentejanas. Com
receio do que o excesso de peixe pode provocar nos reservatórios
cujas águas são aproveitadas para consumo, o Ministério
da Agricultura decidiu reduzir o período de defeso, que
em anos mais favorecidos decorre entre 15 de Março e 15
de Maio, mas este ano se prolongou apenas até 31 de Março.
Esta medida promete entusiasmar os adeptos da pesca desportiva
e simultaneamente evitar um desastre ecológico como o
que sucedeu em 1995, na Barragem do Roxo, principal fonte de
abastecimento de Beja e Aljustrel, quando a drástica redução
do caudal da albufeira resultou na morte de milhares de peixes.
Neste momento, a única barragem que não está
incluída nesta disposição governamental
é a de Santa Clara, que ainda mantém um nível
de água capaz de assegurar a vida das espécies
ali residentes. Também os rios e ribeiras da região
alentejana não foram abrangidos por essa mesma portaria.
Ironicamente, a maioria dos adeptos da pesca desportiva continua
sem saber que a época de defeso já terminou, devido
à falta de informação. O período
crítico que se aproxima, com a chegada do tempo seco (ou
ainda mais seco, no caso do Alentejo), faz com que seja fundamental
retirar das albufeiras o maior número de peixe possível.
Como a pesca desportiva conhece milhares de adeptos no Alentejo,
movimentando gentes de todo o País, os torneios são
agora redobradamente bem-vindos, mas com a condição
de os participantes levarem as suas conquistas para casa, em
vez de os deitarem novamente à água, como é
habitual. |
|
|
|
. |