A Covilhã e o futuro
O presidente da Câmara
Municipal da Covilhã, em entrevista ao Notícias
da
Covilhã de 7 de Abril de 2000 fala do Plano Estratégico
2030 para a
cidade. É de saudar e louvar a iniciativa da Câmara
Municipal em elaborar um documento em que se perspectiva e se
traçam rumos no desenvolvimento da Covilhã. Não
basta viver o presente e tentar resolver os seus problemas, há
que antever o futuro e construí-lo na medida do possível.
A Covilhã vive um momento crucial do seu desenvolvimento.
A criação da Faculdade de Ciências da Saúde,
a auto-estrada do Interior, a rede de gás
natural, os eventuais túneis da Estrela, representam um
abrir de horizontes no desenvolvimento da cidade, impensáveis
há apenas meia dúzia
de anos. São oportunidades de ouro que devem ser devidamente
aproveitadas. E isso tem de ser feito com a aposta firme nas
pessoas, na sua iniciativa e capacidade de desafio aos tempos
de mudança. Carlos Pinto percebe isso quando salienta
o papel do Parque de Ciência e Tecnologia no desenvolvimento
da cidade e da região e aponta a UBI como o pilar fundamental
desse projecto.
A nova economia é fruto em muito da ligação
das universidades a empresas ágeis, viradas para as novas
tecnologias. Há que fomentar aqui e agora essa combinação
que tem sido o segredo de célebres vales, de que se destaca
o de Sillicon na Califórnia. Começam a surgir na
Covilhã pequenas empresas de jovens licenciados da UBI
em áreas tecnológicas. É aí que se
deve apostar, em força, aceitando os riscos correspondentes.
Até agora a Covilhã tradicional lucrou sobretudo
com a venda de ruínas fabris à UBI que esta recuperou
e adaptou a instalações universitárias.
É
esta postura, de vender pelo melhor preço, que deve ser
alterada. Os detentores de edifícios fabris desactivados
deveriam entender que poderão aproveitá-los como
capital de risco, colocando-os à disposição
de recém-licenciados para montarem as suas empresas. Mais
do que apostar no valor patrimonial de ruínas, vale mais
encarar esses edifícios como oportunidades de lançar
pequenas empresas em combinação com qu m tem saber
e vigor para criar riqueza.
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