Ciências do Desporto
de regresso
Visita aos Pirinéus
"foi gratificante"
POR SUSANA FREITAS
Os 22 alunos que partiram
no passado dia 25 rumo aos Pirinéus já estão
de volta. Passando por Madrid, Andorra, Vale do Sort e Baqueiras,
foram muitas as experiências vividas. Mais do que uma visita
de estudo, esta viagem permitiu o contacto pessoal e a avaliação
dos conhecimentos até então adquiridos. Porém,
a prática é pouca e ainda há muito por fazer.
Apesar de algumas dificuldades
em termos de adaptação, os alunos chegaram à
Covilhã satisfeitos. Durante oito dias, foram vários
os pontos que conheceram, cada qual com realidades muito distintas.
Tiveram a oportunidade de visitar o Museu do Prado em Madrid,
passando por Andorra, e Vale do Sort, até chegarem a Baqueiras.
Aí chegados, os alunos entraram efectivamente na análise
das dinâmicas do grupo em que estavam e foram alertados
para o ensino que se fazia naquela região, relativamente
às práticas desportivas.
Tal como explica Fernando Almada, docente responsável
pela viagem, "perante uma estância de ski com dezenas
de quilómetros de pistas, há diferentes maneiras
de ensinar e diferentes processos de atenção. É
necessário que os alunos tenham isso bem presente".
"Mais do que saber teoricamente, é fundamental saber
aplicar os conhecimentos adquiridos" - defende Fernando
Almada.
O tempo foi favorável à visita, pois foi possível
ver a neve cair e o sol brilhar e, dadas as circunstâncias,
os alunos tiveram que saber reagir da melhor forma. O responsável
refere que "os alunos apanharam com um nevão e souberam
como orientar-se".
Teoria versus prática
Fernando Almada reconhece que
estava à espera de mais: "Estava à espera
que os alunos fossem mais longe. É necessário saber
libertá-los dos condicionalismos existentes e fazer com
que eles adquiram, por eles mesmos, capacidade crítica,
aplicação e autonomia".
Devido às poucas vivências que os alunos têm
é natural que certas coisas falhem. "Porém,
não é fechando as portas que os problemas se resolvem".
O responsável afirma que "embora seja neste tipo
de acções que os alunos ganhem competências,
os meios disponíveis para elas não são muitos".
O ideal seria fazer este tipo de actividades desde o início
do curso e várias vezes durante o ano, "de modo a
que os alunos chegassem ao fim da licenciatura melhor preparados
e sensibilizados".
No sentido de fomentar a actividade prática, depois da
Páscoa está prevista a realização
de idas à serra todos os fins-de-semana, de forma a que
os alunos possam testar e avaliar as suas capacidades. Os quadros
e a organização caberão ao 3º e 4º
anos, enquanto os 1ºs e 2ºs irão aprender e
testar conhecimentos . No entanto, "todos participam e aprendem".
Apesar de tudo, em termos gerais a viagem foi positiva, útil
e muito enriquecedora," pois serviu de espelho ao que ainda
há por fazer". Segundo o docente, é necessário
reflectir e tomar consciência dos problemas existentes,
de modo a ultrapassá-los ".
Fernando Almada acrescenta ainda que "é fundamental
que os alunos intervenham e testem os seus conhecimentos teóricos
na realidade propriamente dita. Não apenas neste, mas
em todos os campos e em todas as situações por
eles vividas". |