Um mercado com futuro mas
sem credibilidade
Saúde On-line
Quando temos cerca de 45 mil páginas sobre saúde
e medicina disponíveis na Internet, é sinal de
que alguma coisa está a mudar. Desde publicidade, anunciando
curas milagrosas e solução para todo o tipo de
maleitas, a autênticos consultórios on-line, passando
por espaços de esclarecimento sobre as mais diversas questões
relacionadas com o corpo humano, é cada vez menos o que
não conseguimos encontrar na World Wide Web - vulgo Internet.
E se há alguns anos não faria sentido falar de
consultas à distância, actualmente ter um médico
acessível a qualquer hora do dia, disponível para
nos esclarecer todas as dúvidas sem termos que abandonar
o conforto da nossa casa ou suportar filas intermináveis
numa sala de espera de hospital, é algo que interessa
a cada vez mais pessoas.
Selo de garantia
De acordo com as previsões,
o mercado de saúde on-line atingirá cerca de 1700
milhões de dólares em receitas no ano 2003. Um
estudo conduzido pelo Healtheon/WebMD, um grupo consultor do
mercado de saúde on-line, revela que o número de
médicos norte-americanos que possuem os seus próprios
sites subirá, ainda este ano, dos actuais 30 por cento
para 42 por cento, ultrapassando os 50 por cento no primeiro
semestre de 2001.
No entanto, a popularidade levanta a questão da credibilidade
destas páginas e de toda a informação que
veiculam, pois qualquer pessoa pode criar um site e dizer que
é médico. Por outro lado, alguns médicos
encaram a prática de medicina on-line com alguma relutância,
uma vez que poderá colocar a confidencialidade e privacidade
dos seus pacientes em causa.
Tentando superar estes receios e assegurar a qualidade e fiabilidade
das consultas on-line, surgiu a Health On The Net (HON) Foundation,
sediada em Genebra, Suíça. Uma forma de detectar
a credibilidade de uma página sobre saúde e medicina
é procurar a insígnia do Código de Conduta
da HON, que funciona como uma espécie de selo de garantia
da página. |