Associação de
Municípios e IPE-Águas de Portugal
Empresa Águas
do Zêzere e Côa avança
Detida em parte pela AMCB,
prevê investir 20 milhões de contos. Quantia a dispender
na despoluição dos cursos de água e no abastecimento
às populações.
A Associação de
Municípios da Cova da Beira (AMCB), detentora do alvará
da Barragem das Cortes, cedeu este documento, por um período
de 20 anos, à Empresa Águas do Zêzere e Côa.
A transferência da propriedade do alvará foi concretizada
depois da AMCB se ter tornado parceira no processo de constituição
daquela empresa. Quarenta e nove por cento do seu capital está
na posse de 10 municípios associados. Os restantes 51
por cento, a maioria, são detidos pelo IPE-Águas
de Portugal.
O capital social da empresa é constituído por dois
milhões de contos, e prevê movimentar, até
2004, um volume de investimentos de quase 20 milhões de
contos, que visam sobretudo o abastecimento de água e
a despoluição da bacia hidrográfica do Alto
Zêzere.
No desenrolar do processo, que culminou na decisão anunciada
na última semana, foi decidido que o valor atribuído
pela nova Empresa ao alvará seria de 20 mil contos.
Covilhã é primeira
cliente
Cabe agora à Empresa Águas do Zêzere e Côa
arrancar com o processo de despoluição dos rios
Zêzere e Côa, através do tratamento das águas
residuais, domésticas e industriais, e o tratamento e
abastecimento de água em Alta e Baixa, nos concelhos de
Almeida, Belmonte, Figueira de Castelo Rodrigo, Fundão,
Guarda, Manteigas, Meda, Penamacor, Pinhel e Sabugal.
Para o processo de formalização da empresa estar
concluído, tem ainda de ser aprovado por decisão
governamental. Etapa que devia ter ocorrido na última
terça-feira, 4. No entanto, segundo declarações
de José Manuel Biscaia, porta-voz da AMCB, a ausência
de deliberação por parte da Assembleia de Figueira
de Castelo Rodrigo, um dos municípios associados, obrigou
ao adiamento da decisão. Esta tem de ser tomada, obrigatoriamente,
até ao final do próximo mês.
Carlos Pinto, presidente da Câmara Municipal da Covilhã,
anunciou também, na sexta-feira, 31 de Março, a
assinatura de um acordo com o IPE-Águas de Portugal.
O documento torna as 10 freguesias urbanas da Covilhã,
clientes da Empresa Águas Zêzere e Côa, na
área do saneamento. O município serrano torna-se,
deste modo, cliente de uma empresa, cujo capital é detido
minoritariamente pela AMCB.
Central de Compostagem em
Setembro
A Central de Compostagem da Cova
da Beira, localizada na Quinta das Areias, vai entrar em funcionamento
a partir do próximo mês de Setembro. Neste sentido,
os lixos produzidos nos concelhos que integram a AMCB vão
começar a ser depositados no aterro sanitário construído
na Quinta das Areias, abandonando, a sua deposição
nos alvéolos da lixeira do Souto Alto. No que diz respeito
às tarifas a cobrar por tonelada de lixo depositado pela
AMCB, o actual valor de dois mil e 100 escudos, subirá
para quatro mil e 900 escudos a partir de Setembro, quando começar
o Tratamento na Central de Compostagem. Valores ainda assim inferiores
aos inicialmente acordados entre as duas partes.
Um plano que não inclui o município da Covilhã
que, recorde-se, abandonou a Associação em Janeiro
último. A edilidade serrana iniciou agora o processo de
negociação directa com a empresa, de forma a solucionar
o problema da deposição dos lixos.
NC / Urbi et Orbi
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